quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
domingo, 20 de dezembro de 2009
Flor de chocolate branco
A nudez de um olhar poderia soar inapropriada?
Um amor extremo que não se desfaz facilmente soa inadequado?
Pois é, pouco importa agora.
O mais importante agora é mergulhar sem afirmar nada mais (...).
Liz Christine
domingo, 13 de dezembro de 2009
Asas levemente desviantes
Liz Christine
Sobre a areia
Liz Christine
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
Intransigências
Uma dúvida sabor cerejas com gelo picado e lascas de amêndoas (podendo conter traços de nozes trituradas) _ : sabe?
Realmente nunca sei se te quero demais ou de menos – nem o quanto você sabe ou deixa de saber assim que eu me aproximo de ti (em pensamento) _ (...)
Talvez demais além do que eu mesma poderia desejar, e sim (?), eu, sim (sempre por perto).., ; ., (?)
Sim, vou ser clara dessa vez: não posso ser mais clara do que já sou –
Esbarrando em uma dúvida, eu me desvio de perguntas indesejadas porque sim, ainda sou uma letra de música que se alegra ao sentir o verde próximo de mim mas (...)
Sempre vou querer conhecer o pato de doce-de-leite com nozes e pedaços de nuvens desenhando formas (...) – ..;.,
(Tenho medo – sim, alguém pode me explicar?)
Esquece as explicações, apenas vem cá um instante porque eu (...)
Te quiero – e tu?
Não me venha com mais dúvidas, pois já tenho aquela e tal, então vem com clareza e um pouco de querer demais além do necessário – eu quero esquecer ao te abraçar;...,.;
Esquecer que tenho medo de quaisquer intransigências (...)
Liz Christine
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
Indecisões parcialmente concisas
Liz Christine
domingo, 22 de novembro de 2009
Um mar feito de estrelas de mel
Liz Christine
sábado, 31 de outubro de 2009
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
Nuvens de mel (e o ronronar)
“When your heart’s on fire
You don’t realize
Smoke gets in your eyes”
Trecho da música Smoke gets in your eyes,
cantada por Dinah Washington ou
tocada por Benny Goodman com a voz de outra
Em meus olhos há nuvens de mel deixadas pelo rastro da fada de mel que mora dentro de um mar que acorda a gata branca que mora dentro das flores deixadas com um bilhete na porta de uma clínica psiquiátrica especializada em recuperação de sonâmbulos arredios. As palavras convalescentes descansam as idéias em tuas pernas. Eu tenho andado lânguidamente à procura de uma solução e tenho dançado lânguidamente em busca de uma resposta só. Quem me deseja mais que uma fatia de bolo com cobertura e recheio? Um pato de doce de leite com nozes mora dentro de uma frase pronunciada no silêncio de uma página a ser preenchida – mas a fada de mel gera todas as imagens que nascem do meu rio. Eu tenho cheiro de baunilha e gosto de morangos e cerejas com sorvete e nicotina. Sim, eu sou feita também de sorvete e impaciência. Portanto, use tua língua – eu nasci para isso. Eu preciso também absorver o calor das palavras. Mas não as pronuncie em voz alta (...). Nem espalhe incoerências ao meu redor contando às ovelhas semi-nuas que eu me escondo às vezes atrás da lua para aparecer depois dentro de um livro ou de um banheiro com uma pia cor de rosa e uma toalha sobre o chão.
Liz Christine
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
Amar (toda a liberdade possível)
Nada que palavra alguma possa expressar (...).
É possível desenhar com palavras? – sinto falta (...),
Falta de sentir. Falta de sentido. Alguém me ama muito, e já –
– Agora: eu não me permito (...) mas me dou toda a liberdade possível.
(?) Não quero te amar.
E não pretendo te dizer nada realmente além de muito pouco (...).
Assim é que se foi?
Alguém me ama muito desde já até o infinito do sentido nunca (...) –
– (...) Nunca deixar de querer bem e próxima. Mais próxima.
Sempre mais, e mais, até que eu me sinta (?).
Protegida e sem tantas dúvidas – é possível desenhar (...)
(...) com palavras? Apenas um beijo.
Nada que palavra alguma possa realmente expressar – me diz como:
: como tu me encontra sempre, a cada vez que eu fujo de ti?
Porque vou fugir sempre, e mergulhar cada vez mais. (...)
Não, não há fórmulas: apenas a essência de tudo rodeando um silêncio que
se desfaz em um abraço – à espera de impulsos (...).
Da minha parte eu ainda não pretendo. Não no momento.
Nesse instante agora eu não quero te amar – nem a ti nem a ninguém.
Pode me amar – e me deixa absorver todos os sentidos (...).
Absorver sentindo que – não há muito que me importe, além disso.
Isso que chamam de (...)
Liz Christine
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
Um quarto de hora
Antes que um silêncio se desfaça em um quarto de hora (...);.
Antes que a cama flutue em um infinito quase pleno de notas de jasmim –
Um silêncio quase pleno de contornos entrelaçados ao despertar de uma melodia –
E então, sim, então antes que um silêncio se quebre em um quarto de hora (...):
E antes que as estrelas se desfaçam ao esbarrar em teus ombros –
A melodia cessa e te reencontro nua (...).
Antes que lágrimas discretas reencontrem um meio de quebrar o – silêncio –
Lágrimas concisas e plenas de palavras contidas (...).
Eu te quero mais uma vez, e que seja a primeira – em uma só frase me diz então (...).
Diz qual é a textura da minha pele e qual é a cor do perfume do silêncio que meu corpo exala na direção incerta de um caminho bifurcado – e me diz mais (...):
Diz de quantas linhas é feita uma escolha estonteante que o céu de onde nascem estrelas das mais diversas (profundidades mergulhadas em mel) acorda com um leve movimentar de asas ligeiramente salpicadas de notas de jasmim;,,,;:
Asas entrelaçadas no decorrer de um tempo individual que transcorre lento e repentino ao teu lado (...).
Sim, não quero falar de sussurros e sutilezas agora – não agora;,:;
Agora é o tempo de observar ou mergulhar em cada silêncio quase pleno (...)
: – sombreados,., cores bifurcadas..,.., estrelas tagarelas (...).
Estrelas tagarelas reencontram minha nudez silenciosa em um quarto de hora (...).
E então, sim, em cada cigarro compartilhado há uma pequena possibilidade –
Uma pequena possibilidade de comunicação ou incompreensão (...).
Liz Christine
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
Infinitos
E o que estou me perguntando é: como eu me perdi desse jeito?
Ou: como te perdi assim?
Afinal, qual é a pergunta certa? Onde tudo são dúvidas, eu encontro uma (...)
(...) Verdade: tem alguém por perto.
E cada vez mais perto de mim. Não sei por quê penso em ti,
Ainda. E no dia seguinte, acordando aos poucos de um sonho lúcido ou (...).
Ou de uma onda que volta. Após ter me levado ao meu infinito.
Minhas chaves talvez estejam escondidas em algum outro infinito.
A imaginação é infinita, porém limitada pelos ingredientes e dosagens.
O amor é infinito, porém inplausível dentro de uma realidade trancada.
A paixão pode se misturar ao infinito mas o tom, porém, é de descaso.
Meu tom, onde cores se misturam à minha essência –
– E toda a tranquilidade se derrete ao sabor de pausas.
Pausar o movimento. Pausar inércias. Pausar quereres. Pausar o silêncio.
Me diz uma coisa: tu me abraçaria se do meu corpo brotassem desenhos e –
(...) palavras? Mas sim, do meu corpo brotam desenhos, e é possível perceber que
Eu te chamo: desenha movimentos e fala em meu ouvido que deseja ler em meus olhos
Até onde eu posso te querer e onde eu costumo me esconder, ou (...)
Até onde eu não sei o que quero de ti e onde quero te encontrar.
Liz Christine
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
O mesmo mar esverdeado
Acho que – não há dúvidas. Eu não vou seguir a opinião de ninguém. Nem vou me dar ao trabalho de escolher um caminho agora. Antes de escolher o melhor caminho, eu preciso sentir toda a intensidade em ser vunerável ao mínimo sinal de (...).
Talvez dessa vez eu precise mergulhar em águas mais tranquilas (...). Eu simplesmente quero o mesmo mar, mas de outra forma. E nada depende apenas de silêncios. Eu encontro um certo equilíbrio no silêncio – mas nunca na ausência. E talvez eu precise de mais além do equilíbrio – a palavra que eu gosto (...).
Eu poderia não querer mais ninguém, mas é improvável. Não querer ninguém além de ti – francamente, faz alguma diferença? Eu não sei ainda o que me confunde nas pessoas: a rigidez ou a falta de sentidos claramente divididos?
Clareza em pensamentos ou sensações fluidas que se modificam ao longo de um percurso e tudo gira em torno de uma única vontade, a inquestionável vontade de reencontrar uma essência que frase alguma poderia expressar.
Sim, eu só quero a ti desta forma (...).
Mas há muitas formas de querer, (...)
.
Liz Christine
sábado, 19 de setembro de 2009
Et ça me fait quelque chose
Liz Christine
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
Insana fragilidade
Liz Christine
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
O quanto antes possível
Antes.
O quanto antes possível (...).
Liz Christine
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
Intuição passiva
Liz Christine
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
A lua sobre o rio
Liz Christine
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
Ao extremo de cada linha
Liz Christine
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
Fada de chocolate ao leite
: ouve nosso silêncio através de idéias curtas e profundas trocas de olhares;
Faço um rio de essência de baunilha dentro de uma xícara de café e depois eu quero lamber o açúcar cristal que cai de uma rosquinha amanteigada – eu me enrosco no colo de uma fada transparente feita de chocolate ao leite e cafeína.............
Ela quase não fala – mas ainda não a conheci o suficiente: eu vou convidá-la a ir comigo até...
... até o infinito inatingível que reencontro em determinadas formas de olhar e maneiras de sentir – será que ela vem ou aceita?
Liz Christine
sábado, 8 de agosto de 2009
Do meu casulo
Liz Christine
terça-feira, 21 de julho de 2009
Sonho de uma gata branca
Algo que nem sequer começou – e tento adivinhar até onde poderia ir. Mas não pretendo adivinhar a vida – apenas vivê-la (...).
Há algo que dependa exclusivamente de mim? Algo que apenas eu possa criar? E desenvolver de acordo com minha vontade sem sofrer interferências e influências externas? Eu só conheço uma estrela. Mas encontrei uma outra pintura dentro do sonho da gata branca – é uma mulher que fuma e se sente triste enquanto eu vagueio flutuante entre intensidade e frieza diante de algo que me parece uma questão de ponto de vista ou de tempo. Eu a quero livre e perto de mim. Livre para escolher e perto de mim por eu ser a opção escolhida dentro das incontáveis possibilidades da lua.
Eu quero ser agradável e sou dúvidas – é que minhas pupilas se expandem demais ao entrever um pedacinho de mundo. Cada mundo, cada individualidade, cada conteúdo, cada ser, cada tornar-se, cada querer, cada amar, cada sonho – tudo flutua (...).
Mais perto de mim – eu preciso de algo que não tenho encontrado tanto. Mas parece estar mais perto a cada vez que eu (...).
Liz Christine
quarta-feira, 15 de julho de 2009
Uma noite insone
Não me sinto presa a nada e meus pensamentos acordam as asas da imaginação que dorme em ti – dorme e dormirá até que eu finalmente me esqueça de algo que esqueci o nome no momento.
Sei que te amei sim dentro da minha liberdade que nunca me impediu de desejar um certo equilíbrio entre ela e amor – a liberdade dentro de uma relação, e tudo se relaciona dentro do desequilíbrio ou mesmo dentro do equilíbrio parcial.
Eu sou imparcial em relação a opiniões sobre noites insones – e não vou concluir nada a respeito mas vou fazer mais pergunta: eu fiz alguma pergunta antes? O nome não é paixão nem amor nem vontade – o nome seria atração? Ou sonho acordada?
É sempre fácil esquecer – eu aprendi que alguém importa mais que isso. Mas é alguém que não conheço totalmente, e vou me conhecendo dia a dia. E mudando sem perder a noção de que quero antes de tudo a liberdade e amor correspondido sem deixar de lado descobertas insones acerca de.
Talvez eu me sinta um pouco indiferente às minhas paixões agora e não sei se isso passa ou fica. Poderia ser diferente, não? Tudo poderia ser diferente e real. A diferença mora na minha imaginação onde tudo me surpreende ao se repetir mudando de sentido e posição – mas na realidade, as pessoas são as mesmas e não mudam suas opiniões facilmente. Eu mudo muitas das minhas opiniões. E descubro novas formas de me amar –
Acho que me amo dentro dos teus olhos quando estou nua (...).
Liz Christine
sexta-feira, 10 de julho de 2009
Como o olhar de uma amante inquieta
Eu vou indo. Até o infinito do desolamento. Eu escolhi o caminho oposto e descobri que em todos os lugares há um certo ar de desolamento que desconheço. Nada é concreto e não há provas – ou, por acaso, há provas? Eu quero provar o sabor de algo que se desfaz ou acontece repentinamente e se deixa ser por breves instantes que me soam intensos e puros como o olhar de uma amante inquieta descobrindo o próprio mundo. Toda tranquilidade é suscetível e vulnerável e por baixo da calma há camadas e mais camadas de quietude transtornada que se dissolve com suavidade e espanto – então é tão simples assim? Eu não vou me desfazer dos meus sonhos. Eu não vou seguir ninguém. Cada pessoa ama de um jeito muito próprio e cada um escolhe se vale a pena ou não dizer. Ou ir em frente ou esperar ou mudar ou continuar ou tentar ou olhar em volta e sentir. Sentir que alguns olhares convergem enquanto eu me desvio – na verdade é simples mas não vai ser fácil. Caminho nenhum é fácil, meu amor (...). É que algumas dificuldades já moram dentro de pessoas e lidamos com as nossas e as alheias – e nem sempre enxergamos bem ou sentimos de acordo. As minhas asas vermelhas estão aqui. E eu danço nua um pouco, apenas nós duas em casa. Depois eu faço café e vejo o dia amanhecer.
Liz Christine
segunda-feira, 6 de julho de 2009
Variações de.
Eu sei que ela vem me seguir – meu amor de olhos verdes no meu mundo de fantasias realizadas onde os laços são encantadores e flexíveis porém constantes.
A teu respeito nada é tão previsível quanto parece (...). E eu poderia adivinhar tua voz sob cada palavra minha se escondendo atrás de incertezas flutuantes como variações de.
Liz Christine
quarta-feira, 17 de junho de 2009
Coração descompassado no ritmo da grama nua
Minhas asas vermelhas, teus olhos verdes, o azul de um mar que me soa tranquilo mas não deve ser – eu não quero um coração vazio no lugar de um coração preenchido.
Eu quero insônia onde não se sabe pausar o movimento – dançar até reecontrar meu sentido mais verdadeiro. A essência da minha transparência está no conteúdo da minha busca – quero alcançar a sinceridade que nos escapa através de sorrisos chuvosos e hostilidades salpicadas de falsa aceitação por parte da realidade alheia. Mas claro – eu não sei mais o que é real dentro da realidade alheia e me desconcerto diante da improbabilidade de ser descartada antes de ser eu-muitas. É que sou tantas que descarto a chance de um pensamento único – sinceridade e suavidade com profundidade nos olhares e línguas, apenas isso já me permite a entrega mas vou fugir sempre que puder.
Algumas vezes não se pode mesmo fugir – mas nem em pensamento? Quando as rosas são espontâneas e um beijo traz dentro de si todo o amor aprisionado que escapa à minha compreensão e foge de qualquer nível de controle – mergulhar sem perceber e de repente sentir a segurança das águas aquecidas pelo calor do movimento. Talvez o amor me dirija em direção à uma catástrofe – ou em direção à essência mais verdadeira de um encontro.
Liz Christine
quinta-feira, 11 de junho de 2009
Dentro da minha própria liberdade
Quem ama de verdade, contrariando qualquer noção de racionalidade surda?
Raciocínios não escutam a voz do mar que eu guardo dentro de uma almofada na janela com tela – e estou muito, muito mesmo, muito inclinada a encontrar minha própria liberdade dentro de miados. Não preciso buscar, está aqui, eu encontro a todo instante – mas há alguém se escondendo, e não, não sou eu que vou fugir agora. Eu tenho tudo que preciso em algum lugar bem próximo da afetividade constante e da inconstância do prazer que se mantém ao longo das transformações. O prazer sempre chega e nunca me basta – mais e mais, e mais. E o perfume de uma estrela que desaparece quando adivinho sombras tentando sem conseguir tão bem assim, esse perfume de uma estrela que eu quero do jeito que quero e pronto – já me basta se for daquele jeito que me modifica um pouco. Mas não tanto. Dentro da minha própria liberdade, eu descanso um pouco antes de de te ver nua mais uma vez até que eu me encontre dentro de uma pergunta.
Quem ama de verdade, contrariando qualquer noção de racionalidade surda?
Liz Christine
terça-feira, 9 de junho de 2009
Nudez
Minha nudez é livre de qualquer receio mas acessível apenas quando. Não importa. Não importa o quanto o amor é desnecessário porém essencial. Eu não preciso de nenhuma palavra bela ou idéia quase perfeita – eu preciso apenas de estrelas feitas de mel e abraços com cheiro de baunilha e, é claro, eu preciso também da grama nua que mora dentro da minha cachoeira. É particular. Particular e compartilhado – o que eu vejo em ti que ninguém mais parece ver como eu?
Liz Christine
sexta-feira, 5 de junho de 2009
Voltar ao início
No início havia a necessidade pura do dispensável à manutenção do equilíbrio emocional – eu nunca vou acreditar que o amor pode ser nocivo ao equilíbrio porque para mim o próprio equilíbrio está no prazer de se viver e o amor deve ser assim (um motivo?). Mas dizem que só traz problemas e coisas do genêro e há quem acredite que. Talvez eu não conheça. Eu acredito em sexo e também em verdades sensoriais. Dizem que eu devo esquecer momentâneamente minha sede de prazeres e buscar o equilíbrio primeiro e que o mais importante são as realizações pessoais – mas quê?, realizações pessoais implicam em contas bancárias recheadas? A solidão de uma idéia ou os sonhos não compartilhados – eu creio em sexo em amor em liberdade em relações entre tudo em arte em ti em mim também e em mais um punhadinho de assuntos ou pessoas ou seres vivos. Eu creio em flores em gatas em borboletas em fadas (de preferência nuas e com as asas estiradas) em olhos em línguas em seios em unhas e em perfumes. Sim, o amor pode ser dispensável a alguns seres e pode desestabilizar um pouco equilíbrios – mas talvez eu não veja segurança na estabilidade que não se movimenta nem se transforma pouco a pouco. Eu quero e quero rapidamente sem longas inutilidades e disfarces efêmeros – é inútil disfarçar que te quero.
Liz Christine
sexta-feira, 22 de maio de 2009
Possibilidade de uma gata branca
Liz Christine
segunda-feira, 18 de maio de 2009
Livre e ao teu lado
Talvez um dia eu possa vestir o mar – qual eu realmente não sei tão bem quanto eu sei que a perfeição mora no passado que se foi e eu disse adeus a mim mesma. Eu estava quase indo embora de mim quando eu me disse adeus mas eu me reencontrei em minha nudez não-saciada – e eu preciso te ver de novo mas desta vez que seja perfeito no presente (sabes o que é perfeição para mim?). É que pretendo e sei que posso encontrar minha liberdade em ti (sabes o que é liberdade para mim?). Também sinto que tuas mãos e beijos me deixaram marcas que ninguém mais vê – desenhos flutuando em meu olhar quando me lembro de ti, e de olhos fechados o meu olhar voa em direção à suavidade escondida sob uma mudança que pode recuar para atingir um novo estado de. Olha para mim e me diz: o que é perfeição para ti?, e o que seria liberdade para nós?
Um breve retorno à suavidade que coloria mares às vezes revoltos – e que esse breve retorno dure o tempo de um constante mergulho cada vez mais profundo mas com fugas curtas e inconstantes porque sou assim mesmo (fujo sempre que posso e mergulho sempre atraída pela profundidade). Fujo quando vejo uma possibilidade. Mergulho quando encontro em um instante a minha própria liberdade. Porque a auto-preservação excessiva é em si uma prisão feita de orgulho e defesas, muitas defesas e algumas fugas breves que se desfazem quando eu sinto que o verdadeiro amor sem superficialidades (sociais ou pessoais) combinado ao prazer verdadeiro (e intenso porém suave) é em si a própria tão sonhada liberdade. Amor pode ser a liberdade ou uma prisão – olha para mim e me diz se tu me prefere em uma prisão (criada por quem?). Ou se tu me prefere livre e ao teu lado.
Liz Christine
quarta-feira, 13 de maio de 2009
A nudez do teu sono
Sim, há palavras vazias de significados e há também pausas preenchidas por sentidos tão intensos que eu me perco em ti. E há o desamparo da incompreensão – é quando as palavras perdem os sentidos ou são compreendidas de outra forma que não é exatamente nada parecida com o nosso universo. Mas há compreensão possível nesse mundo limitado por isolamentos parciais ou individualistas? Não me pergunte mais nada. Eu não tenho respostas para teus problemas – e, falando muito francamente, acho que talvez me agradasse caso eu fosse um problema para ti. Um problema desses que tiram o sono e passeiam entre sonhos pincelados de cores raras. Eu quero ver a nudez do teu sono – quais flores brotam dos meus seios durante o teu sono?
Os instantes de pura perfeição transparente que se perdem em meio ao desamparo – é que posso sentir incompreensão escorrendo das paredes em ambientes abafados pelo calor do momento que te cerca de forma quase impossível.
Liz Christine
segunda-feira, 11 de maio de 2009
Conexão durante.
Liz Christine
sexta-feira, 1 de maio de 2009
segunda-feira, 20 de abril de 2009
Quantos amores eu tenho?
Subverte as palavras e me dá um sorvete sem calorias – eu já me senti como se eu fosse a calda de um sorvete, sabe? Mas isso foi com outra. E eu também já morei dentro do congelador. Já me hospedei em vários banheiros diversas vezes. Havia um cinema que era como se fosse minha casa. Havia uma flor de olhos verdes que era como se fosse o meu quarto – eu morei nela também. Quando fui despejada por falta de pagamento eu arranjei uma cama lilás dentro do infinito da falta de sentido de uma separação recente – mas eu ainda me questionava silenciosamente sem dar ouvidos a ninguém: quando é que a flor vai descobrir que ela combina com mel? Eu vestia mel todos os dias até que o mel se tornou parte de mim: há tatuagens coloridas com mel e fui eu quem fiz as tintas com mechas do meu cabelo. As tintas que coloriram algumas tatuagens minhas são feitas de mel extraído de algumas mechas do meu cabelo e também de memórias corroídas pela ausência de meus amores – quantos amores eu tenho?
Liz Christine
quinta-feira, 16 de abril de 2009
Silêncio que corre
Sei que há palavras em algum lugar, escondidas – palavras que se calam. Eu te ouço. Tua voz encobre minha nudez. Tua voz perturba meu silêncio. Tua voz fltua ao meu redor, e eu posso mastigar as palavras. É que eu apenas não posso devolver teus pensamentos. Eu os escondi e me esqueci. Esqueci de te amar porque não posso concordar com nada disso. As palavras me rodeiam e eu não quero a voz de mais ninguém (...). Não quero idéias alheias nem conselhos de nenhuma espécie – eu não quero ter a impressão de ter visto alguma coisa tua passeando em lugares improváveis. Não quero o barulho. Não quero nenhum tipo de gritaria impensada ou discussão inútil – quero a utilidade de um abraço. Ou massagem. Vinda de uma direção específica – daquela ali.
É que eu não quero expressar nada que possa ou deva ser analisado.
Eu quero a liberdade compartilhada fluindo a cada instante – uma liberdade acolhedora.
É que não existe prisão segura. A qualquer momento pode haver uma agressão externa – eu posso até brigar comigo mesma, mas não quero nenhum ser humano ou ser vivo me agredindo. Por nada. Por motivos que desconheço e nunca me esclarecem.
Eu te procuro na escuridão de uma vaga noção abstrata.
Eu quero miar. Se eu miar, só uma pessoa poderia me entender: quem me criou melhor.
(...) As palavras me rodeiam e eu não quero a voz de mais ninguém – apenas a tua, a dela, e às vezes a minha própria.
Liz Christine
segunda-feira, 13 de abril de 2009
Asas inquietas
Eu sinto ondas me abraçando – e há intensidade com suavidade nelas.
Liz Christine
domingo, 12 de abril de 2009
terça-feira, 7 de abril de 2009
Onde eu me começo
Apenas uma coisa é real em um mundo de sombras – sombras que não abraçam nem choram nunca, nunca, nunca. É engraçado como grande parte das pessoas parece que não chora. É engraçado como ninguém parece se aproximar de. Mas sim, há uma verdade em tudo: tu me reencontrou por quê?
Eu não quero muito mais além do que eu realmente quero, o que não é tão pouco assim, é apenas mais do que eu pretendo admitir.
Eu não quero nada demais nem de menos. Porque nada parece excessivo ou demais quando eu. Quando eu me afasto de sombras que não abraçam nem choram nunca, nunca, nunca, e sorriem por educação ou obrigação social e sempre esperam de mim e de todos que todos sejam iguais a todos à nível de – comportamento? Necessidades.
Eu não sei se preciso de amor – o amor do jeito que as sombras vêem e definem. Eu não sei se preciso de definições – as definições muitas vezes se transformam. Há um outro tipo de amor e vários tipos de pessoas. Não, não há tipos de pessoas, nunca há tipos de pessoas, há pessoas e ponto – e o amor é visto de alguma forma própria por cada pessoa ou definido inutilmente apenas para complicar ou anestesiar os sentidos.
Eu quero apenas intensificar o que me soa essencial ou ampliar onde eu me começo.
Liz Christine
quinta-feira, 2 de abril de 2009
Laços que não se desfazem
Nem toda máscara disfarça um conteúdo. Há conteúdos visíveis ou perceptíveis sob trocas de olhares ou trocas de palavras – ou trocas de silêncios preenchidos por gemidos ou respirações apressadas. Eu tenho pressa que se aprofunde logo um ou dois laços – ou três, quem sabe mais? Quem sabe mais a respeito do mar de calda de cerejas vermelhas?
Nem toda máscara esconde um conteúdo – há conteúdos que simplesmente deixam de existir, anulados pela própria incompetência de criar algo realmente saboroso ou inédito. Mas sabe, francamente, tudo é novo e nada é inédito – há verdades pessoais e intransferíveis que se transferem de uma pessoa à outra ou sentidos que são compartilhados durante alguma conexão. É que realmente creio na conexão entre quem faz ou age e quem recebe ou entre quem cria e quem absorve ou entre quem sonha e quem observa ou entre quem sente e mais outra que também sente mas sempre cada um à seu modo intransferível que se transfere e se transforma nos olhos alheios.
E talvez eu goste demais – demais mesmo. Desses laços que nunca se desfazem porque são feitos de. (Não me pergunte.)
Liz Christine
Meio
“Did you realize no one can see inside your view,
Did you realize forwhy this sight belongs to you.”
Strangers, Portishead
Eu me mato diariamente e desapareço constantemente, tanto que às vezes nem me encontro pois estou em algum outro lugar que não é essa prisão chamada “sociedade” ou quem sabe “família” ou talvez “casa” mas também pode ser “o país onde moro” ou seja lá o que for. Eu não quero, eu me recuso e eu não vou de forma alguma. A minha casa sou eu, meu corpo, minha pele, mãos, boca, unhas, seios, etc, etc, etc – eu moro aqui, não no endereço tal número tal rua tal bairro tal. Eu sou a minha casa e o meu pensamento vagueia livremente, e em pensamento estou sempre onde quero e com quero. Eu sempre tenho companhias agradáveis e fantasias agradáveis com companhias agradáveis e eu desconheço a solidão e a abstinência sexual ou química ou sensorial. Tenho tudo que quero e meus sonhos muitas vezes se concretizam muito antes que amadureçam em meu pensamento, mas as fantasias mais confusas e um pouco destrutivas não se realizam porque inconscientemente eu sei o que deve e o que não deve acontecer comigo. E se algo ruim aconteceu comigo no passado, não tem problema, é algo que eu posso transformar à minha maneira e converter em algo esquecível ou superável ou até risível. Eu posso ser indiferente à qualquer desgraça e achar que desgraça nunca existiu nesse mundo – mesmo que eu me sinta angustiada quando qualquer um diz: “me dá um dinheiro, estou morrendo de fome, por favor, estou pedindo, não estou roubando...” A verdade é que a gente fica indiferente depois de muitas desgraças sucessivas ou alguns já nascem mesmo indiferentes ouvindo discussões inúteis já na barriga das mamães. Eu sofro e quero morrer, apesar de me alimentar bem há uns dois anos ou menos, mas eu estou aqui – não estou? Meio viva, meio morta, meio criança, meio gata, meio cansada, meio curiosa, meio chorona, meio indiferente, e com muita sede...
“Never found our way,
Regardless of what they say.”
Roads, Portishead
Liz Christine
terça-feira, 17 de março de 2009
Gata branca
Sou longe e me sinto meio indiferente com uma parte perturbada e outra por demais distante da constatação.
Há uma sensação por demais irreal de que o mar (mais outro mar) vão me engolir antes que eu seja capaz de apreender o real significado –
Nunca compreendida – sempre comprometida – onde eu posso te encontrar?
Não quero falar de.
“If the sky grows darker
If I go insane
Would you still care for me
When it starts to rain”
In the lake, Emilie Simon
Às vezes quero te ver, outras preferia ser deixada em paz de uma vez por todas, mas muitas vezes eu te sinto meio perto – enquanto eu me sinto meio querendo tua presença, meio não querendo teu olhar. Teu olhar é que me soa muito difícil de ser. Não sei se acredito parcialmente na realidade nem sei se desacredito totalmente na possibilidade de que algo em mim pertença a ti. Mas não me lembro de ter te convidado jamais. Estou enganada? Sim, eu já desejei a tua volta – em outros termos que não sei quais eram. Sim, eu te quero te volta – mas não estou te convidando, estou fugindo antes que hajam decepções de todos os lados. Do meu, do teu – mais alguém? Há mais alguém bem no meio de nós duas? Não sei. Mas não, eu estou quase perto. Quase perto de ti o tempo todo. No meu mundo interno eu sou a tua gata branca miando até pular no teu colo. Eu posso me esconder e dormir a tarde inteira ou caçar outras borboletas.
Liz Christine
domingo, 15 de março de 2009
Através dos teus olhos
Liz Christine
terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
Saudade de ti
Liz Christine
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
Memórias
Mysterons, Portishead
Uma tristeza fria e sem lágrimas – porque ontem já me nublei tanto. Minhas pálpebras pesavam muito e desabava uma tempestade de imagens que escorriam pelo meu rosto fechado – a cada lágrima, ontem, eu assistia. Cenas. Eu me cobri e me escondi e me fechei em mim mesma, mastiguei lágrimas e esqueci. Esqueci de chorar hoje.
“Dreams and belief have gone,
Time, life itself goes on.”
Half day closing, Portishead
Esqueci também teu rosto que apareceu tão diferente – haviam duas melodias, uma nítida, outra transformada. Era o teu rosto a melodia que se tornava uma visível diferença. Tua boca não sorria nem me esperava. Teus olhos não brilhavam nem me comunicavam nada sólido. Tudo naquela melodia eram dúvidas e sombras – a melodia que antes e sempre, eu sempre vi teu rosto tão claro e límpido quanto minhas próprias respostas. Eu te amo? Sim. Eu pretendo seguir a tua maneira de pensar? Não. Eu gosto de mudar? Sim. Eu gosto de mudar seguindo a opinião e conselhos alheios? Não. Eu mudo por mim mesma e ao sabor de mim mesma. Ao sabor da minha própria liberdade de ser eu – um eu que se torna e passa a ser ou sempre foi e continua sendo ou se questiona se deveria ser e não encontra uma direção e então se é ao sabor de si mesmo mas vulnerável às influências de tudo e qualquer coisa que me faça sentir. Acontece que não sinto atração pelas regras da grande maioria e me espanta muito que tu as queira seguir.
“Through the times of lasting love,
When parents talked of things tried and tested,
They don’t feel the same.”
Half day closing, Portishead
Mas a outra melodia, a outra que nunca foi nada nítida antes, se mostrou detalhadamente dentro dos limites da minha fantasia. Claro que na realidade pode-se a qualquer momento ultrapassar limites e quebrar convenções. Mas talvez em nossas fantasias, eu não sei, o que se pode e o que não se pode dentro de nós mesmos? Dizem que em nossas fantasias tudo é possível e na realidade não – mas olha: sonhos nascem de nós mesmos e de expectativas baseadas em coisas que já aconteceram, boas ou não, e isso me soa limitado. A realidade pode surpreender sempre – sonhos também, não é verdade? Sim, eu não sei o que digo. É que a realidade é incontrolável – portanto não obedece aos nossos limites. Tenho um limite de saturação para a lentidão de certos acontecimentos – portanto em meus devaneios tudo se passa num piscar de olhos. Mas a realidade não me obedece e me faz esperar. Antes eu me fazia mais apta a ir buscar a realização dos meus devaneios – em impulsos, erros, concretizações e hesitações, satisfações.
“In the days, the golden days,
When everybody knew what they wanted
It ain’t here today”
Half day closing, Portishead
Ontem eu caí em um poço sem fundo de tristezas choradas – hoje esqueço. Esqueço de sofrer e sinto apenas uma tristeza fria e seca. Não há lágrimas nem infelizes nem alegres – porque, sabe?, existem também lágrimas alegres, acho que já te contei mil vezes. Mil vezes eu sonhei com reencontros em diversas situações. Mas hoje visto a frieza de quem está prestes a sofrer por nada. Porque tudo é em vão – e nada é sem valor. Custa a passar mas um dia tudo se desfaz – e fica um gosto amargo que apenas quando se supera a decepção é que pode se tornar doce ou não. Minha raiva pode se desfazer muito rapidamente – mas teu rancor parece indestrutível e tuas memórias me confundem. Não são como as minhas – as minhas são doces...
“All for nothing”
Mysterons, Portishead
Liz Christine