Pensamentos breves. Ondas longas. Unhas curtas e um toque suave de alguma idéia voando distante – eu a vejo atrás de transparências e afio minhas unhas no tecido da cadeira. E qualquer dúvida em relação a mim – vou me esquecendo lentamente ao acordar do teu lado. Tuas dúvidas – é mesmo real que tu mastiga incertezas? Em relação às minhas asas de borboleta vermelha – é uma realidade a tua sede? Há realidades, sabe?, há realidades-outras que já não importam mais – e continuam por aí se aproximando mesmo que eu tente me concentrar em ti apenas. Na tua voz há nuances de outras e mais sombras que passam longe de mim me estudando mas eu nunca as vejo – sombras assustadoras, dessas que parecem esconder sentidos irreais e sentimentos que me comovem apesar de sufocarem minhas próprias libertações. O orgulho pode ser a minha liberdade – ou minha prisão particular. E o amor pela adorável grama verde e macia pode ser também minha liberdade perfumada – ou uma prisão pública? Não, não, eu não deixo nunca – amor nenhum me aprisiona. Quem me aprisiona são as sombras insensíveis e cruéis, as sombras da frieza externa que algumas vezes – algumas apenas, não todas as vezes – disfarçam fragilidade e afetividade sob máscaras. Mas sabe, não compreendo – para quê?
Nem toda máscara disfarça um conteúdo. Há conteúdos visíveis ou perceptíveis sob trocas de olhares ou trocas de palavras – ou trocas de silêncios preenchidos por gemidos ou respirações apressadas. Eu tenho pressa que se aprofunde logo um ou dois laços – ou três, quem sabe mais? Quem sabe mais a respeito do mar de calda de cerejas vermelhas?
Nem toda máscara esconde um conteúdo – há conteúdos que simplesmente deixam de existir, anulados pela própria incompetência de criar algo realmente saboroso ou inédito. Mas sabe, francamente, tudo é novo e nada é inédito – há verdades pessoais e intransferíveis que se transferem de uma pessoa à outra ou sentidos que são compartilhados durante alguma conexão. É que realmente creio na conexão entre quem faz ou age e quem recebe ou entre quem cria e quem absorve ou entre quem sonha e quem observa ou entre quem sente e mais outra que também sente mas sempre cada um à seu modo intransferível que se transfere e se transforma nos olhos alheios.
E talvez eu goste demais – demais mesmo. Desses laços que nunca se desfazem porque são feitos de. (Não me pergunte.)
Liz Christine
Nem toda máscara disfarça um conteúdo. Há conteúdos visíveis ou perceptíveis sob trocas de olhares ou trocas de palavras – ou trocas de silêncios preenchidos por gemidos ou respirações apressadas. Eu tenho pressa que se aprofunde logo um ou dois laços – ou três, quem sabe mais? Quem sabe mais a respeito do mar de calda de cerejas vermelhas?
Nem toda máscara esconde um conteúdo – há conteúdos que simplesmente deixam de existir, anulados pela própria incompetência de criar algo realmente saboroso ou inédito. Mas sabe, francamente, tudo é novo e nada é inédito – há verdades pessoais e intransferíveis que se transferem de uma pessoa à outra ou sentidos que são compartilhados durante alguma conexão. É que realmente creio na conexão entre quem faz ou age e quem recebe ou entre quem cria e quem absorve ou entre quem sonha e quem observa ou entre quem sente e mais outra que também sente mas sempre cada um à seu modo intransferível que se transfere e se transforma nos olhos alheios.
E talvez eu goste demais – demais mesmo. Desses laços que nunca se desfazem porque são feitos de. (Não me pergunte.)
Liz Christine
Um comentário:
E CompleXo dete¢tar ¢ontenidos no inter¢âmbios visuais ou verbais .
Então é preferível adivinarlos em las pequeñas mostras deiXadas em ¢ada entrada de blog. Nestas pequenas peças de arte efêmera.
Greetings from Neverland!
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