quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Andante delicato



Uma lágrima satisfeita sussurrou provocações ao vento que se enroscava em cortinas fechadas. O orgulho disfarça todos os acessos. As palavras fugiram. A liberdade da recusa. A liberdade da preferência. A liberdade do silêncio. A liberdade da música. O segundo ato. Uma lágrima satisfeita repetiu provocações sussurradas ao vento que se enroscava em cortinas fechadas – e o vento abstraiu sem responder. As palavras fugiram. O orgulho disfarça todos os acessos. Talvez um macaron de blueberry.

Silêncio (...). O silêncio apura todas as sensações indomáveis que florescem em dúzias de camélias. O amor libertário em notas de jasmim. O orgulho disfarça todos os acessos. As babuskas voltam para casa depois de jantarem fora. A liberdade da preferência. O segundo ato. Repetir. Sussurrar. Repetir todos os dias e noites a todo instante. Repetir o refrão daquela música. Repetir suaves declarações açucaradas. Repetir doces palavras. Talvez um macaron de blueberry. Inovar com consciência e um toque de delicadeza –

Repetir o refrão daquela música (...),

Liz Christine

domingo, 6 de janeiro de 2013

Introspecção



Ligeiramente depressivas. A profundidade do silêncio. Não. Não fume agora. Não. Não diga nada agora. A profundidade alheia das madrugadas quase. Quase alcançando plenitudes. Mas não. Não fume ainda. Sonhos baseados em silêncios. Sonhos embalados em. Não e não. Sim ou talvez. Paciência. Ainda não. A realidade deveria ser como os sonhos mais doces. Talvez. As ondas deveriam ser – ou talvez sejam realmente – plenas de. Repletas de. Suavidade. Intensidade. De novo e novamente e sempre. Cada vez mais. O auge e recomeça. Recomece sempre e de novo e novamente. Diariamente. A cada noite. A cada despertar. Todas as madrugadas infinitas. Prazeres irretocáveis. Repita sempre. De novo e sempre e novamente. A realidade deveria ser – e talvez seja realmente – como os sonhos mais doces. Como as poesias mais intensas. Como as espirais. Como as ondas dirigidas por estrelas. Dirija em silêncio. Divagando em silêncio. As ondas deveriam ser – e talvez sejam realmente – como suaves transparências. Esconda um pouco. E de novo e sempre e novamente. Esconda algumas palavras ligeiramente assustadoras ou assustadas. Esconda medos. Não tenha tantos. Medos. Libertar. Libertar sonhos. Os sonhos mais doces. As transparências mais intensas. Os esconderijos mais suaves. Repita. Diariamente. Todas as noites. E a cada madrugada. As mais sinceras. As verdades que mudam. Mudam sempre e a todo instante. Ligeiramente depressivas. As verdades que mudam. Sempre. E a todo instante. Esqueça. Esqueça algumas palavras ligeiramente assustadoras ou assustadas. O medo camufla alguns sentidos. Não. Não tenha mais. Freios. Ou sim, ou talvez. Pare sempre que quiser. Retorne sempre que quiser. Sonhos cíclicos. Realidades divergentes. Ligeiramente depressivas. As improváveis impossibilidades. As distâncias. Entre a real e a saborosa. Introspecção ou. Interpretação. De silêncios divididos com babuskas. Entre a real interpretação de. E a saborosa introspecção das horas em. Pausa.

Imprevisíveis. Não sei. As muitas e variadas babuskas, cada qual do seu jeito. Nada se parece com aquele filme. Aquele. As muitas versões de um balé. E as variadas babuskas, cada qual do seu jeito, aparecem diferentes em cada. Realidades fragmentadas. Mergulhando inteiramente. Completamente. Em cada uma. Realidades fragmentadas. Os bichanos compreendem inteiramente. Todas as fases. Da lua. E estágios. Dos sonhos.

Liz Christine

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Andantino



Preciso. Andantino. As alianças.

A gata suspira antes de recomeçar.

Reencontrando a infinita satisfação em fatias de carpaccio de salmão. Ou em silêncios compartilhados saborosamente. Lentas e moderadas. As ronronantes palavras reclusas.

Os repertórios cinéfilos. As preferências musicais. Temperos favoritos.

A babuska calça as sapatilhas. A namorada da babuska sorri sutilmente. E a gata suspira antes de recomeçar.

Preciso. Andantino. As alianças.

Liz Christine