domingo, 20 de dezembro de 2009

Flor de chocolate branco


Uma flor – talvez? As palavras mais adequadas. Uma calma possível. O olhar mais apropriado é aquele que traduz total compatibilidade entre a aceitação admirada e a sede quase inapropriada – qual sentir levado ao extremo soa apropriado? Há meios de encontrar respostas por si só para depois dissolvê-las em uma pasta de chocolate branco derretido com pedaços de mel crocantes e – sabe? Amor é alguma coisa complicada de se dizer – não me compreenda tanto mas não me leve a mal nunca se eu soar inapropriada ou (inadequada). Sabe uma coisa que adoro, entre tantas outras? Aquele tipo de abraço que tira meus pézinhos do chão, e sabe mais outra coisa? Melhor não dizer pra ti agora. Deixa eu me esconder debaixo de um lençol antes que eu te fale. Sim, eu ando nua pela casa inteira na tua frente sem apagar nenhuma luz – mas quando meu orgulho começa a se dissolver em um mar que flui até o infinito de uma fatia da flor de chocolate branco eu preciso esconder mais meu rosto que a minha outra nudez (...).

A nudez de um olhar poderia soar inapropriada?

Um amor extremo que não se desfaz facilmente soa inadequado?

Pois é, pouco importa agora.
O mais importante agora é mergulhar sem afirmar nada mais (...).

Liz Christine

domingo, 13 de dezembro de 2009

Asas levemente desviantes

Em silêncio (…) – esbarro em dúvidas (mais algumas?). É que vou deslizando à procura de um chão e – mais café e mais cigarros. Alguns pensamentos trancados. Sim, tenho uma idéia – quero tirar fotos com mel e ela me diz coisas inaudíveis e talvez impraticáveis (por quê?). Me diz por que só enxergo a ti nos útimos dias (...). E nem sei se vejo claramente. Algumas coisas sim, outras não, nem tanto, nem um pouco, demais, muito, não sei – a cada dia ou noite. Em silêncio – continuo (tentando) te olhar. Não que eu queira ver claramente – quero me aproximar sem compreender talvez. Há coisas um tanto quanto incompreensíveis – deixa assim. Assim mesmo. Sentidos não precisam ser explicados – apreender, intuir, adivinhar com dedos e (sim). Asas levemente adocicadas (...).

Liz Christine

Sobre a areia

Sobre a areia, conchas desenhando um nome quase pleno de reticências desconcertantes que envolvem uma semi-certeza vaga (...). Tudo soa vago em meio à insônia e ao calor de tuas palavras suaves encobrindo a intensidade que descansa em ti (...). Te procuro em cada reticência minha (...). E te reencontro atrás de alguns silêncios quase plenos de asas de borboleta buscando um olhar (...).

Liz Christine

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Intransigências


Coração de esmeralda (verde como o meu baton sabor intransigência) –

Uma dúvida sabor cerejas com gelo picado e lascas de amêndoas (podendo conter traços de nozes trituradas) _ : sabe?

Realmente nunca sei se te quero demais ou de menos – nem o quanto você sabe ou deixa de saber assim que eu me aproximo de ti (em pensamento) _ (...)

Talvez demais além do que eu mesma poderia desejar, e sim (?), eu, sim (sempre por perto).., ; ., (?)

Sim, vou ser clara dessa vez: não posso ser mais clara do que já sou –

Esbarrando em uma dúvida, eu me desvio de perguntas indesejadas porque sim, ainda sou uma letra de música que se alegra ao sentir o verde próximo de mim mas (...)

Sempre vou querer conhecer o pato de doce-de-leite com nozes e pedaços de nuvens desenhando formas (...) – ..;.,

(Tenho medo – sim, alguém pode me explicar?)

Esquece as explicações, apenas vem cá um instante porque eu (...)

Te quiero – e tu?

Não me venha com mais dúvidas, pois já tenho aquela e tal, então vem com clareza e um pouco de querer demais além do necessário – eu quero esquecer ao te abraçar;...,.;

Esquecer que tenho medo de quaisquer intransigências (...)

Liz Christine

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Indecisões parcialmente concisas


Uma gata branca passeia dentro de um quarto de hora – caminhos bifurcados e indecisões parcialmente concisas (...). Um mar quase dócil onde mergulho cansaço e palavras insones – inquietação tranquila e asas feitas de algodão-doce (...). Pronto: em quarto de hora reencontro ternura e impaciência suave plena de sutilezas puras (...). A luz do quarto acesa brilhando dentro de um beijo que ocupa o segundo degrau da escada onde flutuo em tua companhia adocicada e permanente – é que todas as noites e madrugadas te vejo bem ali atrás das cerejeiras e te convido então a mergulhar no mar morando dentro do meu quintal (...). E você vem com toda a profundidade de três palavras escondidas sob lençóis macios repletos de pétalas de diversas fontes – é que preciso te contar: guardo uma fonte dentro do armário de onde nasce toda a minha admiração pelo teu olhar inquieto (...). A gata branca pula no teu colo e ronrona calmamente enquanto contemplo tuas mãos escorregando dentro da noite (...).

Liz Christine