domingo, 20 de dezembro de 2009

Flor de chocolate branco


Uma flor – talvez? As palavras mais adequadas. Uma calma possível. O olhar mais apropriado é aquele que traduz total compatibilidade entre a aceitação admirada e a sede quase inapropriada – qual sentir levado ao extremo soa apropriado? Há meios de encontrar respostas por si só para depois dissolvê-las em uma pasta de chocolate branco derretido com pedaços de mel crocantes e – sabe? Amor é alguma coisa complicada de se dizer – não me compreenda tanto mas não me leve a mal nunca se eu soar inapropriada ou (inadequada). Sabe uma coisa que adoro, entre tantas outras? Aquele tipo de abraço que tira meus pézinhos do chão, e sabe mais outra coisa? Melhor não dizer pra ti agora. Deixa eu me esconder debaixo de um lençol antes que eu te fale. Sim, eu ando nua pela casa inteira na tua frente sem apagar nenhuma luz – mas quando meu orgulho começa a se dissolver em um mar que flui até o infinito de uma fatia da flor de chocolate branco eu preciso esconder mais meu rosto que a minha outra nudez (...).

A nudez de um olhar poderia soar inapropriada?

Um amor extremo que não se desfaz facilmente soa inadequado?

Pois é, pouco importa agora.
O mais importante agora é mergulhar sem afirmar nada mais (...).

Liz Christine

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