segunda-feira, 2 de julho de 2018

Dança das horas





As águas, os mares, a cachoeira, e Lili Marlene não sabe o que fazer. Ela tem um irmão que se chama Dannyboy. E ambos moram com a mãe, uma bela gata bastante dócil chamada Pórcia, e seus humanos. Lili Marlene observa a discussão entre seu irmão e sua mãe, e não consegue pensar em nada. Ela queria se inspirar nas águas, nos mares, em qualquer outra coisa, nem ela mesma sabia o que pretendia escrever para Socrate (ou Sócrates). Greta Garbo, a companhia felina favorita de Socrate, foi quem o apresentou à Lili Marlene. E Sócrates contou que ele e Colette gostavam muito de escrever. Greta Garbo já havia contado à Lili Marlene que Sócrates tinha uma irmã não-biológica chamada Colette e que estes, Colette e Socrate, eram suas companhias felinas preferidas. Lili Marlene nunca escreveu um texto antes. E não sabe se conseguiria fazê-lo. Sua mãe e seu irmão continuam discutindo, e ela nem sabe o motivo da briga. Ela então desiste de tentar escrever e larga o notebook.

Por que humanos escrevem? Por que gatos também escrevem? “Humanos, quando lêem o que felinos escrevem, dizem que são um amontoado de letras ininteligíveis, coisas sem sentido, bagunças de gatos...” - Sócrates contou à Lili Marlene. “Mas as minhas donas lêem, sabia?” - ele falou. “E se eu conseguir escrever também, elas poderiam ler?” - Lili Marlene perguntou  a Socrate. Mas uma das donas de Socrate pegou o celular antes que ele pudesse responder. E então Socrate foi dormir um pouco. Deitou no travesseiro e começou a sonhar. Colette estava tomando banho. E Sócrates ronronou enquanto dormia.

Liz Christine