quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Andante delicato



Uma lágrima satisfeita sussurrou provocações ao vento que se enroscava em cortinas fechadas. O orgulho disfarça todos os acessos. As palavras fugiram. A liberdade da recusa. A liberdade da preferência. A liberdade do silêncio. A liberdade da música. O segundo ato. Uma lágrima satisfeita repetiu provocações sussurradas ao vento que se enroscava em cortinas fechadas – e o vento abstraiu sem responder. As palavras fugiram. O orgulho disfarça todos os acessos. Talvez um macaron de blueberry.

Silêncio (...). O silêncio apura todas as sensações indomáveis que florescem em dúzias de camélias. O amor libertário em notas de jasmim. O orgulho disfarça todos os acessos. As babuskas voltam para casa depois de jantarem fora. A liberdade da preferência. O segundo ato. Repetir. Sussurrar. Repetir todos os dias e noites a todo instante. Repetir o refrão daquela música. Repetir suaves declarações açucaradas. Repetir doces palavras. Talvez um macaron de blueberry. Inovar com consciência e um toque de delicadeza –

Repetir o refrão daquela música (...),

Liz Christine

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