segunda-feira, 18 de maio de 2009

Livre e ao teu lado


Talvez um dia eu possa vestir o mar – qual eu realmente não sei tão bem quanto eu sei que a perfeição mora no passado que se foi e eu disse adeus a mim mesma. Eu estava quase indo embora de mim quando eu me disse adeus mas eu me reencontrei em minha nudez não-saciada – e eu preciso te ver de novo mas desta vez que seja perfeito no presente (sabes o que é perfeição para mim?). É que pretendo e sei que posso encontrar minha liberdade em ti (sabes o que é liberdade para mim?). Também sinto que tuas mãos e beijos me deixaram marcas que ninguém mais vê – desenhos flutuando em meu olhar quando me lembro de ti, e de olhos fechados o meu olhar voa em direção à suavidade escondida sob uma mudança que pode recuar para atingir um novo estado de. Olha para mim e me diz: o que é perfeição para ti?, e o que seria liberdade para nós?

Um breve retorno à suavidade que coloria mares às vezes revoltos – e que esse breve retorno dure o tempo de um constante mergulho cada vez mais profundo mas com fugas curtas e inconstantes porque sou assim mesmo (fujo sempre que posso e mergulho sempre atraída pela profundidade). Fujo quando vejo uma possibilidade. Mergulho quando encontro em um instante a minha própria liberdade. Porque a auto-preservação excessiva é em si uma prisão feita de orgulho e defesas, muitas defesas e algumas fugas breves que se desfazem quando eu sinto que o verdadeiro amor sem superficialidades (sociais ou pessoais) combinado ao prazer verdadeiro (e intenso porém suave) é em si a própria tão sonhada liberdade. Amor pode ser a liberdade ou uma prisão – olha para mim e me diz se tu me prefere em uma prisão (criada por quem?). Ou se tu me prefere livre e ao teu lado.

Liz Christine

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