segunda-feira, 14 de junho de 2010

Lua indecisa


Cantando a lua que sorri indecisa (…).

Não sabe se deixa uma lágrima breve correr solta ou se espera lá no alto de sua torre parcialmente recoberta de flocos de neve e tempestades que em nada modificam sua essência –

Não sabe se corrige o indizível amor nada plausível ou se sonha um pedaço de poema sublime (…):

É que as estrelas andam às voltas com frases circulares que se complementam ou se contradizem, sempre o encaixe espiralado e esfumaçado –

E adormeço encantada por uma idéia tão tola que abstraio em essência o indizível e nada sublime desejo:

Desejo desaparecer do teu caminho para cantar a lua que sorri indecisa (…).

Não sei se te esqueço ou se volto atrás e te dou o mundo confinado em uma caixinha de música que guarda jóias das mais preciosas coleções que moram em meu armário,

Também não sei se desisto ou se insisto em um tolo desejo de satisfazer fantasias precárias acerca de amores sublimes e parcialmente eternos:)

(É que de tanto miar, a gata enlouqueceu os vizinhos.)

Miados parcialmente sutis de tamanha doçura encobrindo o indizível silêncio da lua (…).

E as estrelas tropeçam no mais sublime desejo eterno que invade a alta madrugada –

O desejo de dançar abraçada ao mar sentindo toda a doçura da suave liberdade sempre dividida em duas metades nuas em essência (…).

Liz Christine

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