segunda-feira, 14 de junho de 2010

Mon amour


Neve sob silêncios pausadamente entrecortados cobrindo a lua gelada (…). Sobre um meio-sorriso, tenho algo a dizer: não acredite ainda, por enquanto, não agora. É que a fala suave encobre apenas por alguns instantes uma vontade de lapidar pedras (...). E um rio correndo em direção oposta vem me dizer algo inaudível sob silêncios pausadamente entrecortados com suavidade quase transparente e lúcida. Qualquer coisa sobre estrelas, e então, mon amour, qualquer coisa sobre palavras sob silêncios sorrindo meio desnorteadas e impulsivamente quietas. Tão quietas que ouço agora tua agitação me falando compulsivamente sobre a neve partindo um meio-sorriso. Uma fatia repartida em três, e então, mais uma vez agora, a maior parte da cobertura do bolo vai para mon amour (...) – mas não se esqueça nunca que a neve habita um meio-sorriso entrecortado que mora dentro do meu silêncio (...).

Liz Christine

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