A
incapacidade de digerir a racionalidade atraente das borboletas vermelhas
dispersa em parte a absolvição das sensações puras. As transparências
cristalinas das cortinas fechadas apurando o sabor das sensações puras – o
sempre presente silêncio apaziguador das inconstantes mutações passionais
transcritas na poesia sonora que ecoa nas janelas (sempre com tela). Sempre
presente (a música dissonante das inconstantes mutações) – a duvidosa certeza
das sensações puras desenhada em miados inaudíveis fora dos limites do quarto
–,
, a
movimentação felina dentro de poucas palavras trocadas – palavras insuficientes
diante das sensações puras que se repetem indefinidamente modificando em
essência a rotineira dispersão da gata branca e ruiva.
A sutil
incapacidade de traduzir em poucas palavras (sempre inaudíveis fora dos limites
das paredes pintadas de lilás) – a consciência sensorial da gata se
espreguiçando sobre a cama.
A
combinação de essências – a repetição que gera mudanças – o movimento das notas
florais – o aroma do J’adore – o equilíbrio na intensidade das sensações puras
–,
A
tranquilidade dentro do quarto – a doçura destoante na madrugada – a permanente
dissonância nos ideais que se repetem indefinidamente gerando novas
perspectivas – a consciência sensorial que ecoa nas cortinas fechadas – o
silêncio apaziguador das verdades ocasionais que se traduzem em suaves carícias
carregadas pelo vento (...).
(A
imaginação suavemente saciada –,
– em
duvidosas bifurcações de personalidade felina desenhando beijos lésbicos nos
espelhos do banheiro.)
Liz
Christine
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