As
capacidades transitórias se diluindo nas abstrações parcialmente suaves porém
intensas. Ah, tolices fúteis guardadas na geladeira – o eterno retorno da
singular cadência das quebras de sentido. Não há mais vontades imperiosas –
apenas dúvidas abstratas e gentis. Não há mais amores absolutos – apenas o
impulso do prazer entediado. Nem há mais borboletas flamejantes ou babuskas
adoráveis – apenas um reflexo desbotado do que foi a lua em uma doce madrugada
durante o inverno mais atencioso do mundo.
Ah,
tristeza corroída por cupins festivos – o gato fareja a aproximação dos amores
platônicos dissimulados sob as ruínas do tédio depressivo. A depressão está em
toda parte – em cada recanto do silêncio amaciado. A maciez das carícias
feministas se diluindo na completa absorção dos valores românticos trancados na
estante de livros.
A babuska
acaricia as costas da gata ronronante e retorna ao seu posto de observações da
singular cadência das rupturas de sentido. As cores se intensificam quando a
onda dissimulada atinge o extremo da satisfação particular – a poesia do mar
redesenha amores platônicos durante o silêncio da lua desbotada. O casal de
mulheres atravessa a esquina da banca onde se compra seda sonhando com o
indizível ou impraticável acordo entre as carícias feministas e o romantismo
enterrado na areia.
Liz
Christine
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