quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Luz de velas


Os sapatinhos vermelhos e a instigação felina – nos seios bem delineados se esconde toda a preciosidade do amor encoberto. A deliciosa sede das babuskas encobre parcialmente a perturbadora troca de palavras regada no jardim.

As flores perfumadas reeditam o tom das maleáveis quebras de sentido – os sentidos se transmutam em pausas inacessíveis. O amor inesgotável se desdobra em fases alternadas de contradições complementares – e não resta mais nenhuma certeza sólida para ser saboreada à francesa acompanhando os cálices de vinho do Porto.


O beijo do casal de namoradas iluminado pela luz das velas dissolve voluntariamente os transtornos de personalidade bipolar – e a música ecoa nos ouvidos felinos instigados pela movimentação dos sinos presos à estante de livros.


Liz Christine

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