terça-feira, 15 de novembro de 2011

O amor impróprio


Um silêncio revestido de pequenas distrações peculiares. O vento assoprando recados que se apagam na areia. Pequenas distrações peculiares redesenham as formas já conhecidas de versos regravados na memória indefinida por antecipação. As respostas dúbias se antecipam às perguntas quietas pronunciadas sobre a cama onde se deitam as borboletas embriagadas pelas músicas saudosistas.

Os anos dourados da popularização do jazz redifinem as estratégias de consumo dos sonhos parcialmente ingênuos compartilhados no banheiro. Lavando o rosto tão cansado de indefinidas propostas carregadas pelo mar. As sereias acenam para a menina que foge do sol caminhando lentamente de mãos dadas com outra garota.


O amor impróprio é consumido a cada noite ao lado das xícaras de chá de baunilha e mel com um leve toque de camomila misturada ao silêncio de pequenas distrações peculiares. A gata sobe na janela com tela e observa a noite repartida entre sonhos ingênuos e contradições saboreadas em conjunto.


Liz Christine

Nenhum comentário: