domingo, 23 de março de 2008
sexta-feira, 14 de março de 2008
Olhos verdes de mel com waffles
Eu preciso, eu preciso, eu preciso, e se não conseguir eu morro. Morro de saudade e de desgosto. Saudade do mel dos teus olhos e da tua intensidade de sabores. Você foi meu sabor favorito e dos seus olhos escorria calda de açúcar queimado, e dos teus seios nasciam todo o amor e a precisão das pétalas de uma rosa vermelha desabrochando. Tua pele e abraços, eu morro se não sentir de novo beijos teus em meu pescoço. Morro se não sentir tuas unhas deslizando pela minha coluna vertebral, da nuca até o cóccix. Eu preciso, eu preciso, eu preciso, e se não conseguir eu desapareço de tanta dor e desespero. Preciso ter um sonho quase real, vívido, um sonho que eu possa até apalpar, agarrar com os dedos e a língua, um sonho com os seus olhos e com você inteira. Porque ter você de novo, eu sei, não vou ter mais. Então que eu sonhe, que eu sonhe que o amor que você teve por mim uma dia, dois anos e meio, que eu sonhe que nosso amor durou até hoje. Eu sonhei sim, sonhei que tinha uma casa enorme com um quarto enorme e uma cama de casal enorme e uma piscina funda no quintal e três banheiras enormes em três banheiros diferentes dentro de casa, e eu me perguntava – e agora, sem ela, de que me adianta ter essa casa e essa cama de casal tão grande? E eu não quero, ouviu?, eu não quero sonhar assim... Não quero sonhar essa realidade tão afiada que me corta o coração, de que não tenho mais teu amor e teu corpo e tuas palavras e teus sonhos. Não quero sonhar que não estou mais nos teus planos. Quero sonhar outros sonhos com você, sonhos eróticos, sonhos voltados para um futuro que nunca vai ser. Já não te vejo mais, nem como amiga, e seria um martírio também ser apenas tua amiga. Queria que você fosse mais que minha namorada, minha mulher, meu amor eterno como é eterno o amor das músicas e dos filmes. “There’ll be one unless that someone is you...” – não é assim, se eu cantasse essa música seria outra coisa, mais ou menos assim: there’ll be many other girls but no one will be like you, you’ll always be the one I really love... there’s only been one love for me, and that one love is you… but I like sex and I can’t live without it… Será que posso amar de novo? Mesmo que sim, você e teus olhos verdes e tudo mais em você, são eternos dentro de mim. E agora, à parte os sonhos, onde eu encontro outra mulher inesquecível?
Liz Christine
Liz Christine
quarta-feira, 12 de março de 2008
Quantas noites em claro?
Claro que eu tento, eu tento seguir em frente
Mas fico até as cinco da manhã pensando
Pensando em como era sentir teu corpo dormindo ao lado do meu
E me abraçando a cada vez que eu me virava ou me mexia
É claro que podia ter outro corpo, outro corpo dormindo ao lado do meu
E ainda assim, será que eu pensaria nos teus braços?
Depois que você se foi, eu te procurei em quatro mulheres
Em poucos meses foram quatro
E depois foi uma só em quem busquei ainda o que perdi de você
Sabe como é buscar uma pessoa em outras?
Ou simplesmente não querer se dar um tempo e admitir que se perdeu algo de importante?
Não me dei tempo algum após tua partida
Nem busquei a privacidade para sofrer
E ninguém jamais diria que eu sofria
Porque eu sorria e saía e bebia entre outras muitas coisas
Agora sim eu me dou o tempo necessário
Para pensar em tudo que dividimos
Mas novamente eu não me admito ficar assim
Quero correr contra e esquecer e seguir
Não escrevo sobre teus olhos porque gosto do passado
É algo que por mim eu nem pensava mais
Às vezes quero te desenhar repetidas vezes com palavras
Mas muitas outras vezes quero simplesmente colocar outra no teu lugar
Mas isso, eu sei, é impossível
Cada pessoa deve abrir o próprio espaço na vida de alguém
Ao invés de ocupar um vazio
E você deixou um vazio
Um abismo entre eu e a realidade
Ainda vivo naquela realidade
Aquela que você criou para mim e eu entrei
Você não escreve, mas criava realidades e mundos
E nomeava coisas nunca ditas
E deixou um vazio em mim
Entre eu e a possibilidade de quem sabe seguir
Eu te desenho repetidas vezes com minhas palavras
E te dedico meu blog inteiro
Mesmo quando não escrevo sobre teus olhos
Na verdade há alguém além de você
Que também me deixou um vazio
E estou cansada disso
Cansada de um par de olhos verdes e uma voz
Eu amava teu conteúdo e teus pensamentos únicos
E não tenho mais nada a dizer
Quantas noites em claro?
Liz Christine
Mas fico até as cinco da manhã pensando
Pensando em como era sentir teu corpo dormindo ao lado do meu
E me abraçando a cada vez que eu me virava ou me mexia
É claro que podia ter outro corpo, outro corpo dormindo ao lado do meu
E ainda assim, será que eu pensaria nos teus braços?
Depois que você se foi, eu te procurei em quatro mulheres
Em poucos meses foram quatro
E depois foi uma só em quem busquei ainda o que perdi de você
Sabe como é buscar uma pessoa em outras?
Ou simplesmente não querer se dar um tempo e admitir que se perdeu algo de importante?
Não me dei tempo algum após tua partida
Nem busquei a privacidade para sofrer
E ninguém jamais diria que eu sofria
Porque eu sorria e saía e bebia entre outras muitas coisas
Agora sim eu me dou o tempo necessário
Para pensar em tudo que dividimos
Mas novamente eu não me admito ficar assim
Quero correr contra e esquecer e seguir
Não escrevo sobre teus olhos porque gosto do passado
É algo que por mim eu nem pensava mais
Às vezes quero te desenhar repetidas vezes com palavras
Mas muitas outras vezes quero simplesmente colocar outra no teu lugar
Mas isso, eu sei, é impossível
Cada pessoa deve abrir o próprio espaço na vida de alguém
Ao invés de ocupar um vazio
E você deixou um vazio
Um abismo entre eu e a realidade
Ainda vivo naquela realidade
Aquela que você criou para mim e eu entrei
Você não escreve, mas criava realidades e mundos
E nomeava coisas nunca ditas
E deixou um vazio em mim
Entre eu e a possibilidade de quem sabe seguir
Eu te desenho repetidas vezes com minhas palavras
E te dedico meu blog inteiro
Mesmo quando não escrevo sobre teus olhos
Na verdade há alguém além de você
Que também me deixou um vazio
E estou cansada disso
Cansada de um par de olhos verdes e uma voz
Eu amava teu conteúdo e teus pensamentos únicos
E não tenho mais nada a dizer
Quantas noites em claro?
Liz Christine
segunda-feira, 10 de março de 2008
A sombra dos seus olhos
Estou sozinha em casa e tenho uma sombra olhando para mim. A sombra de uma vaga idéia acerca da sensação de não saber mais o que é sonhar em ser eu não sei mais como. Não sei mais como agir quando sinto que quero mergulhar mais fundo. Só penso em fugir de todo mundo mas te procuro em cada uma. Em cada sombra que olha para mim, eu te busco cada vez mais, eu me afasto de tudo que não possa ser como deveria ser naquela realidade de cores fragmentadas. Eu não creio. Não creio em nada que não seja feito com ou por aquilo que nasce espontâneamente e só cresce dando voltas e mais voltas dentro de um círculo que me protege da claridade que cega. Quero a luz de três velas de mel na escuridão de um quarto fechado. Quero a música da sombra dos seus olhos.
Liz Christine
Liz Christine
domingo, 9 de março de 2008
Rosas com ylang ylang
Pego uma tesoura de unhas bem afiada e escrevo teu nome num sabonete de rosas com ylang ylang. Tomo banho e teu nome desaparece do sabonete perfumado que espalha o aroma no banheiro cheio de vapor d’água. Banhos muito quentes. Noites sufocantes. Por que teus olhos verdes não desaparecem dos meus pensamentos vermelhos? Like something that seeks it's level, I wanna go to the devil… Meu olhar se volta para antes, e antes que você me deixasse, houveram rosas vermelhas às seis da manhã em ruas desertas de Copacabana ou da Glória. Eu olho para frente agora e vejo indiferença. Por onde você anda? Mudou muito? Esqueceu tudo? Os nomes pelos quais você transformava tudo em um mundo encantado à parte da rotina que todos enfrentamos. I want to see some dissipation in my face, I wanna be evil, I wanna be mad, but more then that I wanna be bad... Sei que não fomos um modelo de tranquilidade e maturidade, mas tudo em você me faz falta. Teus braços me apertando, teu ombro me servindo de travesseiro, todos os beijos em banheiros por aí. Ainda te amo, bonequinha malcriada. Você gritava de vez em quando e eu sentia arrepios quando você chegava com doçura para tudo ficar de novo bem e maravilhoso – como era maravilhoso dormir e acordar na mesma cama que você. Mas não quero nostalgia. Você é presente que carrego em desenhos coloridos na minha pele e tua lembrança respira dentro de mim hoje e sempre. Quero te reencontrar e contar tudo que passei depois das crises. Mas você não entenderia talvez... ou entenderia?
Liz Christine
Liz Christine
quinta-feira, 6 de março de 2008
Buscando
Tudo se repete mas com algumas diferenças. Não, nada se repete mas com algumas semelhanças. Buscar em opostos. Buscar em semelhantes. A busca que se desfaz num olhar salgado de águas que correm de encontro ao meu abismo que foge do cansaço. Cansaço de me carregar todos os dias sem dividir o peso. Quando eu te encontrar de novo, não quero dizer nada. Você vai ler todos os meus sinais e adivinhar meus símbolos que deixo caírem de mim por aí. Você vai saber o gosto do meu sono e os ingredientes dos meus sonhos. E não vai acreditar no que quero de você. Você vai me entender antes que eu te entenda. Essa busca desenfreada por prazeres imediatos. Sempre sonhando com o amor que vai chegar sem inventar desculpas. Não vou me desculpar por ser um pouco frívola ou um tanto quando imediatista. Não vou me desculpar pelos transtornos que posso ter causado ao falar e fazer fantasias em voz alta. Porque você vai atravessar todas as camadas e chegar no meu ideal mais primitivo. Simplesmente. Todas as tuas palavras serão verdades tuas. Você não vai repetir teorias que aprendeu estudando ou lendo muito. Você vai misturar e filtrar todas as idéias alheias que caíram nas suas mãos ao longo da tua vida com suas próprias descobertas e vai fabricar verdades únicas que só você sabe. Mas você não vai falar tanto. Vai me pegar no colo e tirar minhas plataformas vermelhas. Nada vai ser como antes porque antes éramos dois bebês famintos. Com fome de viver uma vida só nossa sem pensar em obrigações. Sei que você andou estudando Psicologia, além de ter se formado em outra coisa. Eu adivinho tua vida à distância... Mas o mais provável é que eu nunca te encontre novamente. Então eu sigo meu caminho e continuo buscando. Talvez eu encontre. Talvez não.
Liz Christine
Liz Christine
terça-feira, 4 de março de 2008
Un monde qui me fait rêver
Eu bebi toda a água do mundo. Eu beijei todas as minhas amigas. Vi três corpos entrelaçados e me deitei sobre pétalas de rosas. O chão estava coberto de pétalas de rosas e a cama estava desfeita e bagunçada. Eu queria sumir da sua vida mas te via em todos os espelhos e tentava te adivinhar vendo suas fotos. Não sou forte. Minhas decisões não duram muito. Quem decide por mim não sou bem eu. Quero ser escolhida. Não quero esperar por nada. Quero o conhecimento rápido e o início do auge rápido e uma sede longa que termina lentamente no ritmo do ronronar de uma música que envolve a tarde que cai. Não dormi e não vou dormir. Não sonhei e não vou sonhar mais. Eu te vejo ainda, dentro da minha carência que me faz querer provar algo que já estava decidido que não era para ser. Você já me esqueceu? Eu me decepcionei, você também. Provavelmente. Não sei o que você esperava de mim, nunca soube. Mas o que eu quero, o que eu queria, isso eu também não sei. Não é engraçado? A melancolia pós-euforia. É gostoso e leve. Parece tão claro, e é. Mas depois se desfaz, e é preciso recomeçar, recomeçar sempre...
Liz Christine
Liz Christine
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