sábado, 8 de setembro de 2012

Sutilezas ou extremos




Apenas a língua – é assim a ideal – a língua ideal das borboletas surrealistas sussurrando doces fantasias perfeitas em francês ou em qualquer outra – língua – frases entrecortadas e reticências (...) – sentidos entre parênteses ou camuflados em reticências – procurar sempre...

Procurar a todo instante – a língua ideal – a fantasia concretizada – borboletas surrealistas ou gatas de raças não definidas – não definir – apreciar – superar – superar transtornos – o transtorno que é (...) –

O transtorno que é não te encontrar mais – a quase perfeição em formas de fada – a língua ideal com sotaques afrancesados – você ou qualquer outra – nada mais me serve agora (...) – agora que a tristeza se apodera...

A tristeza do amor impossível se apodera de cada instante de extrema solidão – a solidão das incompreensões indefinidas – não sei mais muito bem – je ne sais pas – não sei mais muito bem se quero esta ou aquela...

Esta suave e aquela intensa – esta doce e sutil e aquela chegada aos extremos da paixão decorada com contradições – esta tranquila e constante e aquela imprevisível e alucinógena – aquela surrealista e esta compreensível – a que me tranquiliza e conforta ou a que me acorda e provoca o que de pior há em mim...

O que de pior há em mim – os extremos da contradição açucarada – sentimentos dúbios – dúvidas salpicadas com indiferença – vinganças suaves ou quase suicidas – não se transtorne com extremos – não acredite em vinganças fantasiadas em silêncio – nada é real...

Nada é real exceto os prazeres – a língua perfeita das borboletas surrealistas ou gatas notívagas – tão insones quanto a lua – a lua solitária que perdeu sua amante favorita (por pura vingança)...

Não acredite em vinganças parciais – sentimentos doces – a doçura guardada em esconderijos inacessíveis – as partes mais fragilizadas quase sempre camufladas – mostre o pior lado às vezes – defenda-se – defenda-se de sentimentos doces e suaves perfumados com J’adore...

Defenda-se do romantismo maldito ou adorável – maldito ou adorável? Je ne sais pas – tudo depende...

Depende de você ou de qualquer outra – não depende de mais ninguém – nada mais me serve – acabou – acabou – acabou – minha favorita foi-se – só servia esta ou aquela – esta que escuta Edith Piaf ou aquela que ouve Tricky...

Esta que sonha e aquela que vive cada instante – esta que idealiza amores e aquela que vive o presente sem se incomodar com amanhãs – Laisse le temps, oublie demain –
Oublie tout ne pense plus à rien – esta suave e aquela intensa – as duas se repetem em sonhos ou memórias...

Amores dúbios – dividida entre sonhos e memórias – que venha a próxima – a próxima xícara de chá – também serve café – chá ou café ou nada – nada mais me serve – acabaram-se os amores lésbicos – que venha a próxima – que não me apareça mais ninguém – je ne sais pas – oblie tout – esquecer nunca mais – esquecer nenhum sonho, esquecer nenhuma realidade, esquecer nenhuma língua com sotaque afrancesado ou

Ou sutilezas apaixonantes...

Liz Christine

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