Um desânimo coerente – a precária substituição das vontades desfeitas... :-/
Um longo e
claustrofóbico túnel iluminado – a claridade excessiva dos mercados vinte e
quatro horas... :-(
O
impossível segundo passo na substituição das vontades desfeitas – impossível
reencontro das sanidades passionais (...). Sanidade perdida – morangos
estragados na geladeira lotada em casas anoréxicas. Anorexia passional –
ausência de prazeres efêmeros ou constantes.
Nem
constante nem efêmero, nem longo nem curto – flanando em quartos vazios dentro
de casas anoréxicas.
Um desânimo
coerente – sobra ração e falta apetite. Tempestade dentro de casas anoréxicas –
é preciso saborear o salmão ao molho de maracujá para se esquecer (esquecer
sempre a anorexia passional).
A falta que
te faz – a falta que te faz um pouco mais de coerência nos temperos.
O gato
roubou um potinho de comida da Nestlé indicado para bebês a partir de seis
meses – o gato guloso que se recusa a sair do quarto. A companhia do gato
ameniza o desânimo coerente – muito mais coerente que os olhos verdes da gata
rajada que se comporta como uma coelha perdida na floresta. Perdidamente
envolvida pelas plantações de catnip – à procura de aconchego aos pés da
macieira.
Maçãs
envenenadas pelo desânimo coerente – as fantasias ou manias, estas sim, são
incoerentes. Mania de tentar consertar o impossível – o impossível reencontro
da sanidade envolvente das borboletas perdidas. Perdidas no meio dos livros
embaralhados pela inconstante mania de reorganizar fantasias impraticáveis.
Impraticável é a voz da ventania que quase arrasa as plantações de catnip – a
gata branca se aconchega na cama onde vivem a tranquilidade e o silêncio
introspectivo ao ouvir atentamente pela milésima vez uma música da Billie
Holiday (e a dona da gata branca olha através da janela com tela a impraticável
voz da ventania).
Liz
Christine
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