Esquece,
esquece, esquece... esquece a ventania que descabela as árvores...
Esquece
mais uma vez... esquece a tristeza extrema que circula impunemente entre os
cachos de uvas descontentes com a invasão das vozes sorrateiras...
As portas
estão trancadas mas as vozes vêm pela janela semi-aberta ou pela sala distante
habitada pela ventania que se comunica aos gritos – gritos ignorados no quarto
trancado...
Nada mais é
absorvido – a devolução sem digestão... pedaços inteiros de tristeza extrema não
mastigada devolvidos na privada...
Se fosse
possível virar tudo do avesso e recomeçar sem nenhum tipo de lembrança –
esquece, esquece, esquece...
Esqueça
tudo e qualquer coisa – simplesmente esqueça...
Esqueça
quem você é ou foi ou será – e esqueça o que quer também...
Já que nada
é como queremos – então que nunca mais se deseje nada...
Que a vida
seja um eterno tanto faz – porque nada mais faz diferença...
Liz
Christine
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