tédio
expectorante que consome as tardes e noites - ah que tédio...
nada muda mas nada permanece - continua mas longe demais
longe demais para quebrar o tédio expectorante
nada muda mas nada permanece - a consolidação da eterna solidão
amor é pura ilusão e o mais doce clichê -
- nada existe além do prazer ou
ou desgosto que sucede ao prazer
ou libertação que sucede ao prazer
libertação ou desgosto? nada existe além do prazer
amor é pura invenção dos poetas ou cineastas
cada uma com sua definição ou fantasia
cada espécie ou alucinação com seus princípios ou ideais
espécies divergentes ou alucinações coerentes?
amor é quase um delírio - fantasiar algo que jamais existirá
jamais existirá a não ser na arte
filmada ou cantada ou escrita ou fantasiada
suavemente fantasiada em salas escuras ou quartos trancados
ou em camas recobertas com pétalas de rosa e perfumadas com
com J'adore...
ah tédio expectorante - libertação ou alucinação?
desgosto ou prazer crescente?
ah mulheres - ah doce passado - ah impossível futuro
o futuro jamais existirá - só existe o antes e o agora
o depois é uma abstração
amor é igualmente uma suave abstração
ah mulheres - ah passado - ah amor - só existe o antes
e o agora - ah prazeres linguísticos
ah carícias suaves, doces, eternas - o lesbianismo
lesbianismo essencialmente puro e inocente
onde o amor é possível? onde o prazer é sinônimo de libertação?
onde senão em sonhos ou em escolhas mais sensatas?
ah dificuldades - a mulher ideal existe (em sonhos ou realmente?)
mas ela muda e não permanece - muda e muda de novo
e muda sempre - de acordo com suas vontades
ela fica em seu colo como uma gata mansa
e te expulsa às vezes como alguém que teme o amor
e te chama de volta com miados sussurrados
e foge quando a chuva vem acompanhada de trovões
a mulher ideal sou eu - eu que me chamo Psiquê
mas também posso ser Eros ou Greta Garbo
ou quem sabe Liz Taylor ou Rainha Cristina
ou simplesmente Christine em algum filme do Truffaut
ou Ninotchka ou até Ingmar Bergman
o espírito livre - metade Eros, metade Psiquê
pensamentos sem gênero (livres) - pensamentos dúbios
abstrações - fantasias e realidade
a mulher ideal escreve delírios - e sonha mais que a lua
e vive um dia de cada vez sem planos a longo prazo
e se perfuma com J'adore e tem um gato e duas gatas que são namoradas dela
um verdadeiro harém felino - só dela e de mais ninguém
nada muda mas nada permanece - continua mas longe demais
longe demais para quebrar o tédio expectorante
nada muda mas nada permanece - a consolidação da eterna solidão
amor é pura ilusão e o mais doce clichê -
- nada existe além do prazer ou
ou desgosto que sucede ao prazer
ou libertação que sucede ao prazer
libertação ou desgosto? nada existe além do prazer
amor é pura invenção dos poetas ou cineastas
cada uma com sua definição ou fantasia
cada espécie ou alucinação com seus princípios ou ideais
espécies divergentes ou alucinações coerentes?
amor é quase um delírio - fantasiar algo que jamais existirá
jamais existirá a não ser na arte
filmada ou cantada ou escrita ou fantasiada
suavemente fantasiada em salas escuras ou quartos trancados
ou em camas recobertas com pétalas de rosa e perfumadas com
com J'adore...
ah tédio expectorante - libertação ou alucinação?
desgosto ou prazer crescente?
ah mulheres - ah doce passado - ah impossível futuro
o futuro jamais existirá - só existe o antes e o agora
o depois é uma abstração
amor é igualmente uma suave abstração
ah mulheres - ah passado - ah amor - só existe o antes
e o agora - ah prazeres linguísticos
ah carícias suaves, doces, eternas - o lesbianismo
lesbianismo essencialmente puro e inocente
onde o amor é possível? onde o prazer é sinônimo de libertação?
onde senão em sonhos ou em escolhas mais sensatas?
ah dificuldades - a mulher ideal existe (em sonhos ou realmente?)
mas ela muda e não permanece - muda e muda de novo
e muda sempre - de acordo com suas vontades
ela fica em seu colo como uma gata mansa
e te expulsa às vezes como alguém que teme o amor
e te chama de volta com miados sussurrados
e foge quando a chuva vem acompanhada de trovões
a mulher ideal sou eu - eu que me chamo Psiquê
mas também posso ser Eros ou Greta Garbo
ou quem sabe Liz Taylor ou Rainha Cristina
ou simplesmente Christine em algum filme do Truffaut
ou Ninotchka ou até Ingmar Bergman
o espírito livre - metade Eros, metade Psiquê
pensamentos sem gênero (livres) - pensamentos dúbios
abstrações - fantasias e realidade
a mulher ideal escreve delírios - e sonha mais que a lua
e vive um dia de cada vez sem planos a longo prazo
e se perfuma com J'adore e tem um gato e duas gatas que são namoradas dela
um verdadeiro harém felino - só dela e de mais ninguém
Liz
Christine
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