sábado, 1 de outubro de 2011

Aurora boreal


A graciosidade refletida nas cores da aurora boreal transparece na madrugada. Diga adeus à insanidade que movimenta as asas do anjo tão inquieto e presente durante as refeições diárias. Toda a sorte desperdiçada das paixões completas e abandonadas acena ao longe. Tão distante e plena é a satisfação de quase todos os devaneios embalados por ondas suaves porém intensas. Alcançando a satisfação tão distante e tão real quanto a ausência voluntária de palavras excedentes. Apenas o essencial flutua na voz que embala sonhos praticados durante a madrugada. Praticar sonhos e respirar a graciosidade refletida nas cores da aurora boreal enquanto a insanidade movimenta as asas do anjo. Diga adeus aos problemas enquanto o dia não amanhece. Toda a sorte das paixões completas e abandonadas acena ao longe enquanto o gato cor de doce-de-leite sonha com borboletas. Praticar sonhos e viver em desacordo com a racionalidade das noites frias. Praticar devaneios embalados por ondas intensas e acarinhar a gata branca que vive nas nuvens do teto. O gato preto que tem nome de anjo seguindo a trilha de catnip reencontra a satisfação tão distante e tão plena das ondas retidas pela música que invade a madrugada. A música feita de sonhos praticados e enfeitada pelos efeitos harmoniosos das paixões desperdiçadas que retornam em formato de plenitudes desavisadas.

Liz Christine

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