segunda-feira, 4 de julho de 2011



Sílfides e willis dançando dentro do banheiro enquanto a banheira quase transborda por esquecimento. Nuvens de calor em volta dos espelhos enquanto a porta trancada preserva os descuidos da memória. Comment dois-je fuir? Fumando o quarto cigarro de hoje às onze horas da noite dentro da banheira – seis cigarros por dia, ainda restam dois a serem fumados até cinco horas da manhã. O racionamento de palavras parceladas enlouqueceria qualquer boa consciência. As horas sempre despertas se arrastam dentro do banheiro enquanto um cálice de vinho é degustado em absoluto silêncio entre duas pessoas que se desentendem a cada cinco minutos. O silêncio jamais será apreciado quando não há entendimento possível entre as partes. E as palavras nada explicam quando não há possibilidade de compreensão. Não há explicações plausíveis para memórias comprometidas por esquecimentos voluntários – escolher cada esquecimento necessário para o desenvolvimento parcelado. Sílfides e willis dançando dentro do banheiro enquanto todas as abstinências se desenvolvem dentro da banheira. Abstinência de compreensão, abstinência de satisfação plausível, abstinência de conforto emocional. As intransigências e manias felinas afloram a cada cinco minutos dentro da introspecção voluntária das nuvens de calor. Toda a falta de comunicação é tão voluntária quanto a cor que transborda na lua. Saindo da banheira e indo direto para o quarto descansar das improbabilidades diárias. A satisfação de todas as dúvidas é tão improvável quanto o racionamento de palavras parceladas.



Liz Christine

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