terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Pavê de morangos frescos


Já bebi a terceira xícara de café e já nem sei mais o que digo. Ah esquecer, esquecer toda a insanidade que a lua irradia a cada gole ou trago. Trago todo o romantismo desaparecido que consegui guardar em fatias gordas de pavê de morangos frescos na prateleira principal. Ah as principais questões permanecem sem solução, ah a busca de sentidos se perde em tantas palavras mais – um esconderijo. Quem sabe se não posso esconder minha própria voz dos olhares atenciosos que teimam em reclamar de hábitos irregulares de conduta. Quem sabe se o silêncio não seria a melhor resposta mesmo, enquanto permaneço mergulhada em sonhos tranquilos e ideais fatiados recobertos por uma extensa camada de suave doçura. Ah esconderijos – sem a menor vontade de compartilhar as fatias gordas de pavê de morangos frescos enquanto a gata branca procura se esconder das visitas que tocam o interfone (...).

Liz Christine

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