quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Miados plenos de sentidos


Uma sensação um tanto quanto absurda. Não consigo sair de um espaço vazio a ser preenchido em breve por miados e silêncios plenos de absurdos. Quero sentir vagarosamente uma sensação lenta me consumindo ou preenchendo silêncios que se enroscam em cinzeiros a serem despejados. Parei e voltei e reduzi e retornei e cansei de todo mas continuo. Permaneço mas quero sair daqui logo, logo, e assim que. Talvez já tenham se esgotado todas as possíveis palavras até que uma mudança em breve se enrosque em miados plenos de sentidos. (Ausência, pausa, movimento, pausa, ausência.) Prateleiras vazias onde descansam três gatas e um gato e onde também procuro alguma coisa qualquer enquanto acendo um cigarro depois de um café me perguntando se lá fora não seria melhor. Não, não seria, sei que não seria (...). Então eu durmo dentro do armário vazio e meus pensamentos desaparecem de todo das nuvens de ausência plenas de absurdos saborosos.

Liz Christine

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