domingo, 2 de janeiro de 2011

Em cada brecha


A lua rodeia cada instante que mora dentro da introspecção de um desabrochar de quereres – quero a gata branca que se esconde da solidão inerente nascida dos ideais desaparecidos (...). As palavras desaparecem de vista quando a poluição das águas é inerente ao descaso de uma intuição pacífica. Descarto agora mesmo qualquer alternativa de te esquecer – e mergulho no mais puro descaso que rodeia cada pensamento vindo lá de fora. Lá fora é tão poluído que me perco em tentativas de esconder introspecções tão breves. Cada mudança é breve, tão breve quanto tempestades que cessam nos minutos insanos que se seguem à cada procura (...). Procurando um sentido que se dispersa no mar e reaparece com sabor de café sobre pilhas de livros insones. Todas as palavras desaparecem de vista quando os ideais se dispersam e se escondem novamente – quero a gata branca que se esconde a cada breve tempestade (...). Mudanças tão breves que se dissolvem nos minutos insanos que se seguem ao desabrochar de quereres em vão que se dispersam em tentativas de reconstruir um mundo inédito sobre as ruínas silenciosas que escondem as mais variadas sensações enterradas na areia. Lá fora é tão assustador que sonho dentro de conchas tecidas pelas mais variadas sensações nascidas de ondas mais que perfeitas (...). Duvidando de quaisquer realidades até que me provem o contrário – a verdade mora em cada brecha deixada pelo silêncio tão breve que se enrosca em cada sentido tecido pelos sonhos compartilhados com a lua (...).

Liz Christine

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