terça-feira, 13 de abril de 2010

Estrelas-do-mar


Contemplando um silêncio tão necessário quanto me é essencial tua inconstância de sabores ideais ou determinação volátil – tão volátil quanto teu rosto é belo sem disfarces (...). Desejo aqueles bombons de chocolate branco mesclado em forma de estrelas-do-mar que encontro em caixinhas sob lençóis desarrumados que você deixa por aqui quando passeia pelas redondezas – será? E se eu te encontrar todos os dias, como ficam minhas imprecisões onde tudo é dúbio em um mar de incertezas plantadas à esquerda da minha coleção de rosas e tulipas? Não, eu não preciso te ter todos os dias da semana ainda, por enquanto apenas eu digo a mim mesma que ainda não (...). É que por enquanto não alcancei ainda a plenitude da profundidade compartilhada – ainda ando salpicando de cores certas águas rasas, ou seria outra coisa qualquer no momento me tornando mais um pouquinho arredia? Contemplando um silêncio que me é agora tão necessário eu reencontro inclinações que se transformam aos poucos e retornam modificadas (levemente apuradas). Eu poderia sim te ter todos os dias sem me cansar nunca de te encontrar dia após dia mas – será? Nem sei (...). Nem sei se ainda é possível acreditar em estrelas-do-mar. (...)

Liz Christine

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