sexta-feira, 9 de abril de 2010

Compreensão mútua


Um quê de indiferença rosada colorindo um rosto nu (…) – onde? Onde encontro agora mesmo uma mudança breve e estonteante? Por um instante apenas, algo que transforme tal indiferença rosada em tons menos incompreendidos – sim (...). Asas levemente estonteadas buscando de novo (mas quê buscam elas?). Sobretudo ainda busco, um pouco demais além do que parece ser possível dentro de uma lógica inconstante – é que tudo muda sem nunca se tornar possível a compreensão mútua (ah eu ainda inspiro levemente um tal perfume que me atordoa). Eu te amo dentro de um silêncio impossível de ser degustado nos meus breves encontros onde te busco dentro daquela incompreensão mútua (...). É que a indiferença nua (minha) encobre um profundo vôo um tanto quanto estabanado procurando um certo sentido obtuso em tuas palavras excessivas – amo excessos mas igualmente amo estar e permanecer e mudar em silêncios tão meus encobrindo amores suaves que se entrelaçam e completam uma frase (sempre semi-nua em meio aos excessos). Excessos de sentidos múltiplos que circulam em uma única frase que pronuncio vagarosamente em teus ouvidos agora: vem me ver aos poucos e demais agora (...) porque te quero demais apesar de e mesmo dentro de todos os tons rosados que recobrem meu rosto quase nu silenciando um desejo recíproco de compreensão mútua (...).

Liz Christine

Nenhum comentário: