sexta-feira, 6 de junho de 2014

Marie Taglioni e Sòcrates




Il gatto dice alla gatta: “Lascia che ti guardi...”. La gatta non gli risponde perché sta guardando la propria padrona. I gatti o le gatte non hanno padrone o padroni – tutti noi sappiamo la verità ma questa gatta è gentile. La sua “padrona” le piace e sempre dice alla gatta: “Sei il mio amore, sei la mia gatta carina...”. Quindi il gatto rimane in silenzio ma scriverà un racconto. Il titolo del racconto sarà il nome della gatta: Marie Taglioni.

... O gato não quer que ninguém leia seu conto. O gato desenha bem e faz um retrato de Marie Taglioni – que vejam, então, o seu desenho. O conto não. Ele não publica seus escritos. Sua irmã, que também escreve (e publica para a família felina), rouba todos os escritos e rascunhos do gato sem que ele saiba. Mas ela mantém a autoria preservada e toda a espécie felina sabe que Sócrates é quem assina aqueles textos – Sócrates, claro, o próprio. Sócrates é um gato possessivo. Marie Taglioni é sociável e nunca estranha outros felinos nem humanos. Marie Taglioni não se importa com campainhas e interfones tocando, Sócrates os detesta. A irmã de Sócrates é amiga de Marie Taglioni e Pamina.

Dizem que as gatas ou os gatos não têm dono ou dona – dizem que a espécie felina é a verdadeira proprietária de tudo. Talvez.

Talvez Sócrates esteja estudando com Pamina. Pamina também desenha mas não escreve. A irmã de Sócrates é misteriosa e publicou um texto de sua própria autoria em Dezembro do ano passado. Na verdade não são irmãos biológicos – são irmãos de alma. Mas ambos nunca falam isso a ninguém. Algumas pessoas, humanos ou quaisquer outras espécies que não sejam os felinos, poderiam rir desta expressão. Mas a espécie felina jamais. Os felinos compreendem. Tudo e mais um pouco. E há humanos com coração felino. Todas as espécies, com a exceção de alguns humanos, podem ser adoráveis. Mas a espécie felina é admirável em sua compreensão detalhista e alheia. Ao mesmo tempo impassíveis, afetuosos, amorosos, orgulhosos, mimados, indiferentes, sensíveis ao extremo e grandes observadores – são a família felina.

Marie Taglioni adora sair. Sócrates não. As amizades de Sócrates devem visitá-lo em seu território. E às vezes ele não quer receber ninguém. Falando assim Sócrates pode parecer não muito simpático mas na verdade é o gato mais doce do universo com quem ele gosta. Ele só é difícil – sim, é um gato difícil para aqueles acostumados à média. Ele é único, porém, como dito anteriormente, extremamente possessivo com o que lhe diz respeito. Guarde suas palavras até que alguém as compreenda – é o que Sócrates faz. É adepto do silêncio “social” – faz silêncio socialmente e fala em ambientes privados. E Marie Taglioni é o oposto de Sócrates em quase tudo – é extrovertida e conversadeira. Cada qual do seu jeito mas todos felinos e amplamente fotografados...

E oggi, dopo la cena, Sòcrates prenderà un caffèlatte con la sua amica Marie Taglioni...

Liz Christine

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