Existem os
bons sentimentos e os sentimentos negativos. Os sentimentos negativos causam
desconforto. Os bons sentimentos causam sensações de prazer e ondas de
afetividade no auge do ciclo lunar. É simples assim. É simples assim para as
borboletas que se divertem com a inconcebível indiferença da lua azul.
Inconcebível. É simples assim. É simples assim para as babuskas lésbicas que se
divertem com o chá das cinco e meia da manhã. Acordadas. Tão acordadas quanto a
plasticidade dos movimentos felinos de Nikiya ao ver o dia amanhecer.
Existem as
aparências e as sensações verdadeiras gravadas em suaves introspecções
compartilhadas ou não – de acordo com a vontade das babuskas. É simples assim.
É simples assim traduzir a língua das borboletas de estimação que habitam o
jardim trancado dentro do armário do quarto principal da casa. Complicado é o
mar revoltado por suas vontades desfeitas e ignoradas pelos simpáticos
golfinhos alimentados por sonhos vivenciados e também por sensações verdadeiras
guardadas em suaves introspecções. Compartilhadas ou não – de acordo com a
vontade das babuskas lésbicas.
Como o
miado intransigente de uma gata notívaga querendo acordar suas donas para
ganhar ração. Nikiya é uma das gatas das babuskas lésbicas. Tão suaves quanto a
revolta passageira do mar. O mar agora conformado. Conformado com as
provocações inocentes dos golfinhos alimentados com sonhos. Sonhos tão simples
quanto a variedade de tons ou a diversidade de informações. Nada é simples,
nada é complicado, tudo se mistura em considerações parceladas de afetividades
durante o auge do ciclo lunar. E as ondas – compartilhadas ou não – ampliam a
absorção de (introspecções voluntariosas)...
Liz Christine
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