O anel de
noivado dentro da caixa – armários trancados. A gata se vê no espelho do
banheiro – silêncio impregnado de suaves recordações. Recordações presentes –
um presente tão límpido quanto águas perfumadas com interseções poéticas (...).
Pedaços de
camembert – porções de rolinho primavera de legumes. Xícaras de café – babuskas
misturando ideais desconexos com favos de mel. Mastigar os favos – camuflar
ideais desconexos. A suave conexão com a realidade se distrai um pouco durante
os mergulhos absolutos em águas perfumadas com interseções poéticas.
A realidade
ultrapassa os sonhos – a realidade chega aos poucos através de frestas
imprevisíveis. A realidade chega aos poucos trazendo recados imprevistos e
soluções de pelúcia. Ovelhas cantarolantes – banhos de imersão.
Imersão em
silêncios distraídos – babuskas escovando a gata que se vê no espelho. Ela
ronrona mansamente – e a conexão entre as babuskas se entrelaça docemente ao
sabor das interseções perfumadas. Uma letra de música de Walter Franco – um
balé clássico – uma música reconfortante da Nina Simone – um mergulho profundo
– um banho de imersão – um beijo trocado em frente ao espelho do banheiro – um
abraço na xícara de café. E as babuskas sorriem distraidamente. Tão distraídas
quanto as nuvens no chão do corredor que liga todos os quartos ao imprevisível
esconderijo das meditações tão límpidas quanto o presente irretocável (...).
Liz
Christine
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