As comodidades surrealistas vestem as meias sete oitavos com renda. O movimento incessante das águas duvidosas contabiliza os minutos de tédio exibicionista. O prazer absoluto envolve os casais de babuskas namorando sob a luz da lua. A paz universal e utópica mora dentro de corações isolacionistas. O balé reorganiza os elos de ligação camuflados na estante de livros. A indiferença disfarça timidamente o amor sufocado em ondas de silêncio supremo. As palavras nunca reveladas circulam alheias ao isolamento descontente. O afastamento parcial e voluntário dos sentidos descontentes se dissolve gota a gota durante o banho noturno. As gatas descansam indiferentes ao confuso desenvolvimento de valores humanos onde os princípios são consumidos lenta e vagarosamente com o passar das estações. As gatas ronronam com o carinho intransigente que questiona cada silêncio ou desvio de intenções. O expresso com vinho do Porto é servido com um sorriso enigmático para o casal de babuskas sentadas no canto mais reservado enquanto os sentidos submersos nos elos de ligação camuflados refrescam a nítida maleabilidade dos instantes tão utópicos quanto o amor perfeito.
Liz Christine
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