segunda-feira, 6 de junho de 2011

Insensatez embriagada



As patas cantarolando na lagoa – e a lua desaba sobre a grama (…).

Um cálice após o outro, e mais estrelas em torno da lua inspiram visões imprecisas (...).

Toda a imprecisão de instantes calorosos ao redor de incertezas puras (...).

Toda a inocência pura se mistura aos cálices de vinho – e as patas cantarolantes se aninham aos pés das verdades imprecisas (...).

Toda a verdade é tão incerta quanto os passos se aproximando cada vez mais – é a tua companhia (...).

Em tua companhia nenhuma palavra tem a mesma precisão que o brilho da lua deitada sobre a grama descansando das nossas incoerências (...).

As patas cantarolando na lagoa – e um cálice após o outro, e mais estrelas cochichando com a lua que se acomodou sobre a grama (...).

Cochichando todas as incertezas de uma madrugada compartilhada com a chuva inquieta que cai sobre instantes calorosos envolvendo inocências passageiras (...).

Tudo passa ou se transforma restando apenas essências apuradas que exalam amores corrompidos pela extrema falta de tato ou de sutilezas doces do mundo que nos rodeia (...).

A sutileza dentro do cálice de vinho apura cada vez mais os sentidos aflorando sobre inocências puras (...).

E os versos sublinhados em uma peça de teatro publicada quando a lua desabou sobre a grama se misturam à cantoria ao redor da lagoa – enquanto toda a imprecisão das tuas palavras flutuam em torno dos cálices compartilhados em instantes de pura insensatez embriagada (...).

Liz Christine

Nenhum comentário: