Tudo bem, vou descer as escadas e procurar todos os sentidos perdidos dentro das conchas que se dissolvem a cada despertar (…).
A gata branca se escondeu dentro do armário onde moram as palavras bêbadas de vinho do Porto misturado às cápsulas cor de rosa com curto prazo de validade (...).
Remédios, ah remédios, remédios para despertar do torpor que a tristeza sem sentido provoca nas estradas interditadas – não há caminhos possíveis para se chegar ao tão sonhado luar de inverno (...).
Nem inverno há – apenas o mar tão revoltado quanto minhas idéias tortas e teus desejos correspondidos (...).
Toda a satisfação é possível, e ainda assim uma terna e estúpida tristeza ronda meus cachinhos plenos de sentidos que se escondem do vento sempre prestes a desfazer quaisquer certezas (...).
Impossível me concentrar em satisfações plenas de incertezas concretas – remédios, ah remédios, remédios para dosar a plenitude de vôos que nunca encontram o pouso ideal (...).
Nem os ideais aqui permanecem, todas as abstrações flutuam enquanto o chão se desfaz a cada passo dos meus sapatinhos vermelhos – mal consigo me equilibrar sobre uma incerteza tão volúvel (...).
A cada dia, certezas anteriores se dissolvem em um copo de água – e abstrações cheias de saudades se renovam e se modificam dentro de cálices de vinho (...).
Toda a satisfação é possível, e ainda assim sobram dúvidas diárias a respeito de tudo – inclusive sobre silêncios repletos de plenitudes (...).
Tristezas tão volúveis quanto satisfações de desejos recíprocos – e o entendimento nunca soa possível dentro do armário onde a gata branca se esconde das visitas indesejadas (...).
Remédios, ah remédios, remédios para domesticar toda a revolta das ondas do mar – remédios para misturar ao vinho e gerar toda a variedade de reticências (...).
Onde foi que deixei todas as intuições e pressentimentos? Não vejo nada além de cores brotando dos reflexos da lua sobre o mar revolto (...).
Liz Christine
A gata branca se escondeu dentro do armário onde moram as palavras bêbadas de vinho do Porto misturado às cápsulas cor de rosa com curto prazo de validade (...).
Remédios, ah remédios, remédios para despertar do torpor que a tristeza sem sentido provoca nas estradas interditadas – não há caminhos possíveis para se chegar ao tão sonhado luar de inverno (...).
Nem inverno há – apenas o mar tão revoltado quanto minhas idéias tortas e teus desejos correspondidos (...).
Toda a satisfação é possível, e ainda assim uma terna e estúpida tristeza ronda meus cachinhos plenos de sentidos que se escondem do vento sempre prestes a desfazer quaisquer certezas (...).
Impossível me concentrar em satisfações plenas de incertezas concretas – remédios, ah remédios, remédios para dosar a plenitude de vôos que nunca encontram o pouso ideal (...).
Nem os ideais aqui permanecem, todas as abstrações flutuam enquanto o chão se desfaz a cada passo dos meus sapatinhos vermelhos – mal consigo me equilibrar sobre uma incerteza tão volúvel (...).
A cada dia, certezas anteriores se dissolvem em um copo de água – e abstrações cheias de saudades se renovam e se modificam dentro de cálices de vinho (...).
Toda a satisfação é possível, e ainda assim sobram dúvidas diárias a respeito de tudo – inclusive sobre silêncios repletos de plenitudes (...).
Tristezas tão volúveis quanto satisfações de desejos recíprocos – e o entendimento nunca soa possível dentro do armário onde a gata branca se esconde das visitas indesejadas (...).
Remédios, ah remédios, remédios para domesticar toda a revolta das ondas do mar – remédios para misturar ao vinho e gerar toda a variedade de reticências (...).
Onde foi que deixei todas as intuições e pressentimentos? Não vejo nada além de cores brotando dos reflexos da lua sobre o mar revolto (...).
Liz Christine
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