sábado, 5 de março de 2011

A poesia de um beijo


Ouvir a própria respiração enquanto toda a concentração se dispersa ao redor da lâmpada azul – ah a chuva que cai lá fora desaloja as implicâncias mútuas (...).

Tudo é silêncio dentro das diferenças comportamentais da lua em relação às estrelas que povoam a noite que cabe em uma página de livro inacabado (...).

Frases que não se completam e reticências plenas de desentendimentos desabrochando a cada inspiração (...).

Ouvir a própria respiração enquanto toda a concentração se dispersa ao redor da lâmpada azul – ah o barulho da chuva que cai lá fora invadindo o silêncio das janelas fechadas (...).

Nem sei mais imaginar o final da tristeza que cresce solta nos galhos das árvores tão falantes que penso nas diferenças comportamentais letárgicas que povoam a noite que cabe em uma página de livro inacabado (...).

Quero a poesia de um beijo – e encontro mais palavras debaixo do travesseiro (...).

Ah palavras que já não se encaixam mais no ritmo do mundo – palavras à parte vindas de realidades isoladas que moram em diferenças anti-sociais que se dispersam ao redor da lâmpada azul (...).

Ouvir a própria respiração desligando qualquer realidade externa para mergulhar em instantes de apuração dos sentidos plenos de estímulos (...).

Quero toda a poesia de um beijo – e encontro mais palavras cobrindo a tua nudez plena de sentidos apurados (...).

Liz Christine

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