terça-feira, 21 de setembro de 2010

Tempo


Preciso ainda de um tempo (…).

Tempo inconstante, volúvel, perfumado (...).

Esquecer quaisquer palavras, preenchida por silêncios sonhadores, sonhos sem palavras e tão reais quanto a quietude da alta madrugada onde a lua inspira sabores sortidos e febris (...).

Mas há ainda tantas madrugadas (...). Outras tantas que já não sei o que digo,

Madrugadas feitas de música insone e companhias em permanente manutenção de dosagens (...).

Dosando o tempo (inconstante, volúvel, perfumado) –

Preciso ainda de um tempo -: Para esquecer verdades eternas e mergulhar em prazeres solúveis (Café instantâneo, já nem sei mais);

Já nem sei mais as diferenças entre esta e aquela (...).

Aquela que desejo, esta com quem sonho – sonhos doces, preciso que me enviem sonhos doces que duram quase o tempo de um mergulho parcial em verdades imutáveis (Mas não,...) –

Não me diga que já acabou o meu tempo de infusões aromáticas e profundamente confiáveis enquanto do outro lado de uma página a lua me espera pacientemente (...).

Quero correr contra o tempo e te alcançar mais uma vez mas (Já se foi o tempo, não é mesmo?)

A diversão acabou. A fome se foi. O transtorno curou-se. E o que resta são insatisfações momentâneas recheadas de frivolidades e silêncios (...).

Não tenho reais pretensões de alcançar o quê?

Madrugadas preenchidas por música e companhias em permanente manutenção de dosagens – quero mais um tanto assim de. Quero nada, esqueça que.

Esqueça que me teve um dia e jamais pronuncie meu nome de novo. O mundo gira em suaves inconstâncias, e o que resta são insatisfações momentâneas recheadas de frivolidades e silêncios tão gulosos que nem sei (...).

Quero de tudo um pouco, e de ti quero tudo que eu puder apreciar até não poder mais (...).

O até não poder mais é feito de inconstâncias (...). (Parciais e eternas)

O amor ainda é possível? (Já nem sei, nunca soube, admito, mudo tudo de lugar e retorno sendo a mesma agora ou mais tarde.)

Liz Christine

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