sábado, 8 de maio de 2010

Avec des larmes aux yeux...


Tédio que me faz devorar o mundo enquanto as estrelas, todas, caem do teto pintado de azul (...).

Um frescor lentamente se enrosca pelas frestas do quarto trancado enquanto as ovelhas, todas, passeiam pelo chão feito de neve sintética – :

Há uma boca desafiando o tédio que me faz devorar o mundo repentina e vagarosamente (...).

Desconheço quaisquer tentativas de permanecer em estado de alerta – :

:-(Tenho um quarto de hora para descobrir caminhos:)

Um meio de te encontrar mais tarde em alguma pausa parcialmente mais profunda (ou mais precária – quem?)

Alguém se esconde atrás da porta trancada – e então há uma boca desafiando o tédio que me faz cozinhar silêncios: –

Quero dois abraços e um beijo singelo antes de sonhar (...).

Sonhar com o início de uma liberdade tão desejada que as estrelas, todas, caem de seus poleiros – e então deslizo meus passos tão incertos sobre a neve sintética que dança ao sabor das estrelas,

Mais uma vez o tédio se enrosca em cada silêncio e me abraça duas vezes antes que sonhos tolos me invadam – e um vestido lilás me beija suavemente até que adormeço um quarto de hora depois de amanhecer o dia:

Dormir a manhã inteira agarrada à uma idéia incerta acerca de amores que nunca existiram realmente (...).

O amor dura um instante de pura inocência e prazer sem maiores indagações – e a lua sorri do alto de sua sabedoria tola e inocente/.

É o sabor do café com chocolate branco derretido no fundo da xícara que adivinho em teu sorriso – deixa eu ouvir tua voz tão doce sem entender absolutamente nada do que escuto de ti (...).

É que cada frase esconde um intenso desabrochar de incompreensões corriqueiras./

Deixa eu te beijar adivinhando um ato tão doce que o tédio inteiro e absoluto se desfaz por completo por um instante para depois retornar em formato de casulo (...).

Diz que a vida não é feita de tédios e explica o motivo de tantas tristezas morando no teto pintado de azul – mas pouco importa: não vou te compreender:

A letargia mora em cada movimento (...).

Liz Christine

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