domingo, 17 de janeiro de 2010

Acaso


Um quarto preenchido por silêncios entrelaçados à lua que sorri em frente ao espelho do armário. É que dentro do armário há um mundo a ser descoberto pelo olhar que se fecha diante das profundidades de um degrau da escada. Um olhar que dá voltas em torno do mar se esconde também às vezes do outro lado do mundo. Um mundo quase fechado que cabe dentro de um sorriso quase desfeito onde dormem estrelas. Difícil explicar o acaso escorregando pelas frestas da porta trancada. À espera de uma idéia frágil que não se completa ao ver silêncios dançando com as paredes. Em um minuto apenas estarei lá fora colhendo maçãs no teu quintal particular onde o mundo se protege do amanhecer. É que ao longo do dia insone há transformações repentinas onde mergulho em teu mar sempre e cada vez mais.

Liz Christine

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