terça-feira, 17 de março de 2009

Gata branca


Sou longe e me sinto meio indiferente com uma parte perturbada e outra por demais distante da constatação.

Há uma sensação por demais irreal de que o mar (mais outro mar) vão me engolir antes que eu seja capaz de apreender o real significado –

Nunca compreendida – sempre comprometida – onde eu posso te encontrar?

Não quero falar de.

“If the sky grows darker
If I go insane
Would you still care for me
When it starts to rain”
In the lake, Emilie Simon

Às vezes quero te ver, outras preferia ser deixada em paz de uma vez por todas, mas muitas vezes eu te sinto meio perto – enquanto eu me sinto meio querendo tua presença, meio não querendo teu olhar. Teu olhar é que me soa muito difícil de ser. Não sei se acredito parcialmente na realidade nem sei se desacredito totalmente na possibilidade de que algo em mim pertença a ti. Mas não me lembro de ter te convidado jamais. Estou enganada? Sim, eu já desejei a tua volta – em outros termos que não sei quais eram. Sim, eu te quero te volta – mas não estou te convidando, estou fugindo antes que hajam decepções de todos os lados. Do meu, do teu – mais alguém? Há mais alguém bem no meio de nós duas? Não sei. Mas não, eu estou quase perto. Quase perto de ti o tempo todo. No meu mundo interno eu sou a tua gata branca miando até pular no teu colo. Eu posso me esconder e dormir a tarde inteira ou caçar outras borboletas.

Liz Christine

Um comentário:

Pedro Gabriel disse...

Olá olá,
Fazia tempo que não aparecia por aqui. Agora tou voltando aos poucos ao mundo virtual!

lindo texto
;-)

beijos,

Pedro Gabriel