quarta-feira, 3 de setembro de 2008
Teu lado
Não é nada, é só uma nudez entediada que passa ao menor sinal de que você poderia ou talvez não pudesse mais – voltar. Voltar a mim em pensamento – só em pensamento. Porque não te quero mais e te acho tão sem sentido... meu pensamento voa em direção a ti mas não te reconheço mais quando te vejo de longe. De longe, bem longe. Lá no sótão mora um sapo azul. Desço as escadas mas não abro a porta do sótão porque, bem, porque tenho tanto... não, não tenho medo, mas apenas desço as escadas no escuro e volto correndo. Volto à minha nudez entediada... tatuagens que não te dizem mais respeito... Lá no sótão tem uma lagoa de Danette onde moram patos bravos que arrancam as próprias asas, é por isso que não entro lá. Me assustam sempre. Eu te ouço antes de dormir. Ouço tua voz gravada no meu travesseiro... e penso tanto que quase perco o sono. Então eu te escrevo, esperando qualquer coisa que não compreendo bem, e recebo silêncios. Muitos silêncios... de tantos lados. Do teu lado.
Liz Christine
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