Os
livros consumidos. Um espresso duplo sem chantilly e uma fatia de cheesecake.
Retire
todas as vozes da sala, por favor. Deixe apenas que a música se repita a cada
despertar ao meio-dia.
(Il
trovatore - coro di zingari - Ascoltiamola. Va pensiero :-)
Fammi
sapere la tua canzone preferita.
Riscrivi
il racconto La gatta Bianca, scritto
da Collodi.
Sogna
e riscrivi e non cambiare lingua.
Quelles sont vos langues
préférées?
Mantieni
la lingua italiana. La lingua italiana mi sembra di essere la preferita.
Os
livros consumidos. Um cappuccino e um macaron de framboesa.
Gostaria
de escrever uma poesia mas ela anda difícil estes dias. Distante e silenciosa.
Não quer dividir nenhuma reticência. Quando a vejo, ela desvia o olhar e fixa
os olhos no chão. Ela, a poesia fugitiva. Olhar ausente. Mundo fechado.
Gostaria que ela me dirigisse algumas poucas palavras mas ela já avisou que
hoje não. Amanhã talvez. Como dizem as cigarras - "amanhã". Mas
"amanhã" chega no dia seguinte e nada acontece. A poesia não me
dirige nenhuma palavra. E as cigarras não ficam em silêncio jamais - apenas em
dias mais frios, talvez. E onde faz frio? Aqui, provavelmente nunca. Aqui onde?
Um sonho dentro de outro sonho onde as paredes se misturam ao sabor do acaso e
os belos olhos da gata remixam todas as poesias nunca antes jamais consumidas -
apenas imaginadas e recicladas e congeladas dentro do coração da Lua.
Saudade
das babuskas. Balalaika ou kalinka. Tartelette aux myrtilles.
O
gato mia, a Lua chora e a poesia sussurra mas não fala nem canta.
As
estrelas cantam. Quelles sont vos
chansons préférées?
(Sempre
reticências(-:
Liz Christine
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