segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Les mots du rêve




Os livros consumidos. Um espresso duplo sem chantilly e uma fatia de cheesecake.

Retire todas as vozes da sala, por favor. Deixe apenas que a música se repita a cada despertar ao meio-dia.

(Il trovatore - coro di zingari - Ascoltiamola. Va pensiero :-)

Fammi sapere la tua canzone preferita.

Riscrivi il racconto La gatta Bianca, scritto da Collodi.

Sogna e riscrivi e non cambiare lingua.

Quelles sont vos langues préférées?

Mantieni la lingua italiana. La lingua italiana mi sembra di essere la preferita.

Os livros consumidos. Um cappuccino e um macaron de framboesa.

Gostaria de escrever uma poesia mas ela anda difícil estes dias. Distante e silenciosa. Não quer dividir nenhuma reticência. Quando a vejo, ela desvia o olhar e fixa os olhos no chão. Ela, a poesia fugitiva. Olhar ausente. Mundo fechado. Gostaria que ela me dirigisse algumas poucas palavras mas ela já avisou que hoje não. Amanhã talvez. Como dizem as cigarras - "amanhã". Mas "amanhã" chega no dia seguinte e nada acontece. A poesia não me dirige nenhuma palavra. E as cigarras não ficam em silêncio jamais - apenas em dias mais frios, talvez. E onde faz frio? Aqui, provavelmente nunca. Aqui onde? Um sonho dentro de outro sonho onde as paredes se misturam ao sabor do acaso e os belos olhos da gata remixam todas as poesias nunca antes jamais consumidas - apenas imaginadas e recicladas e congeladas dentro do coração da Lua.

Saudade das babuskas. Balalaika ou kalinka. Tartelette aux myrtilles.

O gato mia, a Lua chora e a poesia sussurra mas não fala nem canta.

As estrelas cantam. Quelles sont vos chansons préférées?

(Sempre reticências(-:

Liz Christine

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