terça-feira, 3 de novembro de 2015

Algumas palavras



 
“Le sembra un mestiere da pazzi, il nostro?”
(Sei personaggi in cerca dautore, Luigi Pirandello)

Pirandello fala demais. Não falo do autor das peças que eu e meu irmão Sócrates estamos lendo. Terminamos de ler sete peças de teatro de Pirandello e pretendemos ler as outras, queremos ler todas mas estamos lendo aos poucos porque Sócrates ainda está relendo "A correspondência de Pierre Abelard e Heloise" e eu também tenho outros livros para ler por enquanto. Estávamos falando no início de outro Pirandello, sim, o gato Pirandello que fala demais e não sabe o que diz... O irmão de Adina, Pamina e Liù. Pamina é muito mais próxima de nós que suas irmãs e seu irmão. Na verdade, eu e Sócrates quase nunca o encontramos. Pamina nos visita e nos escreve frequentemente. Hoje não quero escrever. "Così è (se vi pare)" é um dos títulos do autor Pirandello mas esta não é a minha favorita. Não, não é. Devemos ter nossa própria opinião sobre as coisas, mas o gato Pirandello repete às vezes o que escuta de outros sem parar para pensar se as palavras procedem. Compraram uma nova ração em lata para mim, uma ração italiana, Gemon High Premiun (Monge). Mas gosto quando compram salmão na crosta do restaurante japonês. Hoje não quero escrever, repito, mas Sócrates me pediu algumas poucas palavras. Não estou inspirada. Mi sono annoiata perché vorrei riposare mentre ascolto qualche canzone. Quindi me ne vado. É deplorável falar da vida alheia? Sim, claro. Uma última frase da autoria de Pirandello (o escritor, não o gato):

“Lo sa quanto male ci facciamo per questo maledetto bisogno di parlare. Finché dentro di noi c’è un’incertezza, si dovrebbe stare con le labbra cucite. Si parla; non sappiamo neanche noi quello che diciamo...”
(Ciascuno a suo modo, Luigi Pirandello)

                                              assinado por Colette
Liz Christine

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