O
sentido súbito da tristeza. Desconcertada.
Non
lo so. Sto leggendo i suoi begli occhi. La lettrice di racconti russi.
Onde
tudo transborda incertezas ainda resta uma vaga noção de transparência
instantânea – os belos olhos da gata enamorada (...).
Não
diga nada – novamente. Il lettore dei libri di Baudelaire si chiama Sócrates.
Já o conhecemos. Il nostro gatto rosso Sócrates (...). Sócrates enamorado
através da Lua fria – hoje ela está fria. Sim. Mas nem sempre. Transbordando
sentidos aveludados – tão naturalmente macios quanto os belos olhos da gata
(innamorata di chi?)...
Sim,
a Lua está fria e cansada. Já se transbordou excessivamente. Agora se calou
então. Trancou-se em seu mundo particular habitado por estrelas – todas as
amantes da Lua. Ela detesta o Sol. Queima. Atrapalha a visão. Faz mal. Talvez
você não pense desta forma. Mas esta é a opinião dela. Durante raros eclipses
bebem vinhos italianos e tentam amenizar as desavenças mas terminam sempre se
afastando por longos e indeterminados períodos.
“Per
le popolazioni classiche, egizi, greci e romani, il gatto nero era visto
positivamente perché era semplicemente il colore della notte con la Luna e le
stelle. Era il colore preferito di Iside e di conseguenza il gatto nero era il
più sacro per gli egiziani e per i devoti di Iside. Iside, inoltre, era la dea
della buona sorte e della fortuna.”
A
gata branca, Bastet, e a gata siamesa – Cristina, e a gata rajada de olhos
verdes (ela me pediu que não divulgasse o seu nome)...
Todas
elas se entristeceram após um filme – qual? Elas me pediram que não divulgasse
o nome do filme. Sigilosamente. A sensibilidade acima da média. Não há mais
respeito pelas sensibilidades? Essa palavra anda em desuso? Foi tirada da
linguagem informal e cotidiana? A regra agora é vencer a qualquer custo –
atropelando qualquer coisa. Atropelando sensibilidades mais sutis ou
elaboradas. Esta é a regra do Sol. E por isto a Lua está parcialmente fria
neste instante. Ela o ignora. Aliás ela está descansando em espaço privado – ainda
não se pronunciou publicamente. Sócrates a encontrou em uma página de livro
descansando um pouco com três de suas estrelas. Ainda não é o turno dela lá no
céu. O céu é aqui. No coração das corujas, nos belos olhos da gata, no colo das
babuskas, nas sapatilhas colecionadas e em trechos que revemos sempre. Trechos
de filmes ou balés. Pequenos goles de café ou chá (Twinings é o favorito de
todas as gatas e também de Sócrates). Macaron de pistache. Pasta con broccoli e
formaggio. La colazione, il pranzo, lo spuntino, la cena – i pasti...
Sócrates
e seus brinquedos. Sócrates e seu travesseiro. Sócrates e seus desejos
platônicos. Todos platonicamente correspondidos. A vida felina e o cotidiano
das babuskas e fadas. Sta piovendo, chiudi la finestra per favore...
Liz
Christine
Um comentário:
LIZ,
sou o seu vigésimo oitavo seguidor!
Amos gatos,definitivamente e me distrai bastante por aqui!
Voltarei sempre, afinal gostos em comum nós temos e espero que possa visitar também os meus blogues e caso queira seguir, ficará estabelecido o link.
Um abração carioca minha conterrânea.
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