terça-feira, 11 de março de 2014

Anjos incorretos


Intuição felina – consumo compulsório de nostálgicas considerações essencialmente afetuosas. Não exagere, não confunda, não esconda, não fale. O bicho-preguiça.

As dificuldades do caminho bifásico. A cereja. O chow chow. Orgoglio. Moderamente temperado. Climatização. A imperatriz da Áustria. Era uma vez – e é assim desde então –que seja – Seja feita a vossa vontade,

A minha – a dElla – e a tua – o gato folheia o livro...

As gatas soberanas. A imperatriz da Áustria. Aquela. Aquela outra e mais essa agora. Ieri, oggi, domani. Todas as semanas de um breve ou longo caminho. A vida é curta. A vida é longa. A nostalgia das estrelas. A renovação do absurdo e a companhia de um sonho. Absurdo seria a miserável degradação dos ideais ou crenças – mas não é. Nunca é. Ideais são à prova de bala. Preserve seus ideais – guarde-os em gavetas seguras onde a hipocrisia social da distorção cotidiana não possa mais roubá-los e usá-los em comerciais de abacaxi.

Não ao abacaxi e sim às cerejas. Sim aos morangos e não às mangas. Sim aos miados e outras espécies cantarolantes. Vocal de apoio. Sim às sapatilhas de ponta. Babuskas e outras espécies de anjos incorretos, vinhos italianos e muitos queijos variados. Sim à poesia. Discretamente. Não exagere, não confunda, não esconda, não fale. Gli occhi verdi. Fale o essencial à compreensão dElla. Mais uma vez. A song to the lilac fairy. As irmãs celibatárias permanecem celibatárias. Flora, a outra gata, continua com inclinações lésbicas. E a prima ballerina inglesa que sempre se sai bem no papel de Giulietta continua casada –

Casada com um sonho. Casada com um filme. Casada com um livro. Casada com uma babuska. Ou casada com Romeo. Ou casada com a solidão. Ou casada com a poesia. Ou com uma sereia – quem sabe?

Todas as formas de arte e todas as formas das afetuosas considerações oníricas – coleções inacabadas de palavras...

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Liz Christine


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