quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Tell me more and more and then some


Almoçar um yakisoba e esquecer temporariamente todas as palavras que teimam em brotar dos lençóis enquanto me escondo da chuva que insiste em cair na minha janela telada. Uma pausa enquanto a gata afia as unhas – e depois, ah depois, e depois? Depois eu te conto os motivos pelos quais as borboletas fazem fila para ver o arco-íris no fim do túnel de sentidos aguçados refletindo contradições tão doces. É que tudo são contradições enquanto tento achar uma direção incerta para te reencontrar. Os sentidos todos se espalham sobre os lençóis desfeitos que ainda guardam teus pensamentos coerentes – ao contrário dos meus, naturalmente. Já virei minhas idéias ao avesso para procurar alguma coerência mas só encontrei cenas de filmes franceses arquivadas na memória. Ah me diz então qualquer coisa que acalme minhas indecisões todas – tão difícil decidir seja lá o que for, não é? Não para ti, não é mesmo? Almoçando um yakisoba enquanto espero impaciente que minha nova paixonite se desfaça dentro da minha memória comprometida.

Liz Christine

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