quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

“Querer”


Ah sim, eu esqueci de dizer que as ovelhas também são passíveis de sentir um vazio no estômago quando o amor fracassa (...) – mas as fadas sentem mais a abstinência de cigarros de menta do que o pato sente a minha ausência;

Ausente então (...) – de onde e para quê? Para reencontrar um certo equilíbrio, é preciso seguir calmamente uma certa sensação de obscura clarividência – eu quero te ver apenas, onde te busco senão em incertezas sensatas?

Eu quero uma voz com sabor de castanha de caju ou de recheio de doce de leite, e afinal eu mereço uma palavra que desejo mais do que as ovelhas têm a necessidade de seguir a manada. A palavra que eu desejo é simples (...).

Vem cá e diz suavemente assim: querer (...). Apenas um primeiro esboço – outras estrelas nascem com o tempo. Palavras nascem da imaginação ou da observação ou de apenas querer – estrelas nascem de um beijo que eu recebo com infinita calma (...):

A calma é sempre necessária, e a cama é sempre inesquecível, e palavras podem ser dispensadas, e há formas e outras formas e mais formas de se desenharem sentidos (...) – eu te busco sempre, meu amor... poucas vezes te encontro...

Liz Christine

Nenhum comentário: