sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Incoerências


Acho que tranquei o sentido. O sentido de uma palavra esvoaçante que se espalha ao sentir teu corpo. Sentir ou pressentir. Não importa agora e pouco importa que a qualquer instante eu me perca em sentidos múltiplos – é que há algo que quero ouvir de ti. Mas não sei bem (...) – pode me dizer se é possível ou não te adivinhar sob silêncios que guardo embaixo da cama? Há um presente embaixo da cama que nunca ouvi. Ouço ruídos vindos de toda parte e adivinho sentidos submersos em meu próprio silêncio. Acho que tranquei uma idéia tão esvoaçante que se espalha sobre as frases bobas que escuto – ao meu redor tudo se movimenta mas parece que não se move em direção ao sentido submerso em conchas que moram no teu mar. É isso que procuro, meu amor (...) – eu busco meu amor trancado em um sentido solitário. Há um único sentido em minhas breves pausas – eu me isolo em meu silêncio para te reencontrar em uma frase (então me diz mais uma vez; me diz que.;:, – )

Sim, é possível – mas é coerente? Acho que tranquei também a coerência que disperso ao sentir teu corpo mais uma vez. É, eu me disperso em sentidos múltiplos e não encontro mais o caminho do equilíbrio porque incoerências se espalham a cada passo que me move.

Liz Christine

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