Há uma gaiola com grades de cristal e uma maçã embebida em mel de onde escorrem gotinhas de exaustão e eu sinto que uma quase fúria irremediável vem se apossando de forma circular e espiralada de uma doce e suave borboleta com asas brancas salpicadas de toques de vermelho e rosa sobre as pálpebras semi fechadas de uma menina estonteada que quase fala – quase te diz que está buscando a língua ideal de onde brotam estrelas e árvores e plantinhas e trevos de quatro folhas e morangos com chantilly e cerejas sobre refrescos feitos de café e mais mel -;
, mais mel, mais, mais, mel, mel, mais mel e onde te encontro?
Ela busca a língua ideal de onde brotam estrelas feitas de folhas verdes e ar puro para refrescar os breves intervalos de uma crescente exaustão para com o mundo irremediável enquanto eu te busco de dentro de uma gaiola de cristal de onde telefono para a minha fornecedora de maçãs e não encontro a saída do labirinto de espelhos de onde canto para ela – ela que suaviza a fúria de um espelho que se parte (e eu reparto minha busca com a lua que se torna aos poucos cada vez mais fria e exausta também).
(...) Há exaustão em toda a parte. E depois de encontrar meu mar eu me sinto também exausta porém cheia de liberdades e energia para gastar saudades (eu quero mais e sempre mais, mais infinitamente até a mais doce exaustão – é que há uma exaustão doce após reencontrar um trevo de quatro folhas... e então... e então há um vôo ainda mais doce antes de mais um beijo, e então... e então começa uma música que provavelmente vai tocar minha nuca...); – e aí eu me enrosco lentamente em uma rede de palavras feitas de baunilha e canto para a lua bem próxima a teu ouvido...
... e então... e então um mundo se completa dentro de um silêncio compartilhado com suaves toques de dedos passeando na minha coluna vertebral e em meus ombros há leveza porque te encontrei (...).
Liz Christine
, mais mel, mais, mais, mel, mel, mais mel e onde te encontro?
Ela busca a língua ideal de onde brotam estrelas feitas de folhas verdes e ar puro para refrescar os breves intervalos de uma crescente exaustão para com o mundo irremediável enquanto eu te busco de dentro de uma gaiola de cristal de onde telefono para a minha fornecedora de maçãs e não encontro a saída do labirinto de espelhos de onde canto para ela – ela que suaviza a fúria de um espelho que se parte (e eu reparto minha busca com a lua que se torna aos poucos cada vez mais fria e exausta também).
(...) Há exaustão em toda a parte. E depois de encontrar meu mar eu me sinto também exausta porém cheia de liberdades e energia para gastar saudades (eu quero mais e sempre mais, mais infinitamente até a mais doce exaustão – é que há uma exaustão doce após reencontrar um trevo de quatro folhas... e então... e então há um vôo ainda mais doce antes de mais um beijo, e então... e então começa uma música que provavelmente vai tocar minha nuca...); – e aí eu me enrosco lentamente em uma rede de palavras feitas de baunilha e canto para a lua bem próxima a teu ouvido...
... e então... e então um mundo se completa dentro de um silêncio compartilhado com suaves toques de dedos passeando na minha coluna vertebral e em meus ombros há leveza porque te encontrei (...).
Liz Christine