domingo, 7 de outubro de 2007

Vínculos


Meu mundinho fechado está se desfazendo em lágrimas de ternura desavisada – não me avisaram que não valia a pena se desmanchar em águas que vão de encontro ao infinito? Meu amor é infinito, e não vai acabar em indiferença nem em ódio. Quem escreveu que o oposto do amor não é ódio, mas a indiferença? Não fui eu, eu que não sei o oposto de não saber de mais nada. “Eu te amei desde o primeiro momento em que te vi…” – de algum filme de 1936. Eu te amei desde a primeira fantasia que você fez nascer em mim. Mas amor não se alimenta de fantasias, amor se alimenta de vínculos.

Quando eu acordar, vou me esquecer – e quando eu for dormir, vou assistir aos mesmos filmes. Sonho com diálogos, cenas, patos e ovelhas. Sonho com labradores, puddles e siameses. Sonho com gatinhas laranjas e com amores eternos. Sonho com declarações e provas de amor. Sonho com mar e areia em noites chuvosas.

Liz Christine

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