Os
olhos do gato a acalmavam mais do que qualquer tipo de terapia. Aliás, ela não
fazia nenhum tipo de terapia. Achava perda de tempo. A depressão era mais ou
menos incurável mesmo. A música a alimentava mais do que os carboidratos. Ela
comia frutas e legumes. E doces, em pequenas quantidades, principalmente
chocolates. Ela estava escrevendo, a realidade bateu à porta, então ela jogou o
texto fora. Aquela realidade não parecia real para ela. Os olhos do gato a
acalmavam mais do que qualquer tipo de terapia. Ela pegou o gato no colo e foi
comer trufas de cereja.
Liz
Christine
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