terça-feira, 2 de agosto de 2016

Ovelhas lúcidas




(Sim) Pensei que o céu desabaria mas este se manteve são. Mas o silêncio, este sim, desabou sobre a grama. Talvez não se deseje dizer nada realmente. Mas há algo a ser dito que não será falado. Jamais. E que a paz se mantenha.

Sim, eu me repito (na língua das borboletas surrealistas). Tudo já foi dito antes. Agora ou nunca e sempre (e sempre mais). Menos palavras, mais músicas.

              (Je voudrais vivre en Irlande. C'est vrai.)

Não acredite em Macha agora. Ela está sonhando e não sabe o que diz. E Macha sabe o que diz quando? Quando está lúcida. E quando Macha está lúcida? Isso eu não sei. Não a compreendo a maior parte do tempo. Mas vivemos juntas, eu e Macha, Macha e eu (...). A voz de Brigid ecoa mas não a vejo. Longe, distante, ao meu lado, aqui.
Fecharemos as janelas e diremos. Sem pronunciar tais palavras. Desenhando silêncios (na língua das borboletas surrealistas). Qu'il pleuve (...).

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Liz Christine


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