Isolar(-se).
Esquecer(-se). Silenciar todas (as palavras).
Silenciar
todos (os olhos).
Acarinhar a
gata (soberana). Isolar(-se).
Esquecer(-se).
Repetir o refrão daquela música.
Melancolia.
As paredes. O chuveiro. O chão.
La doccia.
Il fiore. Domani.
Esquecer(-se).
Paralelos. Silenciar (todos os olhos).
Mudar a
direção das palavras. Trocar o humor das ovelhas.
Mudar,
trocar, substituir – não (...).
Não olhe
fixamente a rede de proteção das janelas. Silêncio.
Apague a
palavra /melancolia/. Mas /ella/ volta.
Contos da
era do jazz.
A sílfide.
O oposto do
avesso da superfície que aparenta (ser).
Sognare.
Titânia e Nikiya. Pamina.
Imagens que
retornam. Revendo filmes.
Editando
utopias eternas. Palavras essenciais.
Linguagem
gestual.
Quando a
palavra não traduz o que se pensa. Quando um pensamento está em outra página. Quando
uma utopia não é pronunciada. Quando é possível esconder gentis intenções.
Quando é possível se desviar camuflando as reais inclinações da música.
A língua das
borboletas surrealistas e das babuskas. A coreografia do segundo ato do balé. A
primeira música da coletânea. Um livro de contos de Oscar Wilde. O gato
descansando na janela com rede de proteção. Tudo é quietude agora.
Sim, tudo é
quietude agora. Aroma de café. Pausa. Uma pausa para si mesma(o). Uma pausa
para o café.
Liz
Christine
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